Bois abandonados em fazenda de Bocaiúva devem receber ajuda imediata - Rede Gazeta de Comunicação

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Bois abandonados em fazenda de Bocaiúva devem receber ajuda imediata

Cerca de 250 bovinos foram abandonados no local sem alimento e água

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu na Justiça uma liminar obrigando o atual proprietário de uma fazenda em Bocaiúva, município do Norte de Minas, e os antigos compradores do imóvel a adorarem medidas para resguardar a vida de bois abandonados no local. Alguns dos animais morreram em razão de desnutrição, e os que sobreviveram estão em situação crítica, afirma laudo da Polícia Militar de Meio Ambiente e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Na Ação Civil Pública (ACP), a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Bocaiúva afirma a prática de maus-tratos contra cerca de 250 bovinos, que foram abandonados na Fazenda Sítio, na zona rural de Bocaiuva. Pela liminar, o dono do imóvel e os tutores dos animais devem identificar os animais, fornece tratamento veterinário e providenciar alimentação e acesso à água. Eles receberão auxílio do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad), força-tarefa ligada ao Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que prestou suporte emergencial aos animais. 

De acordo com a promotora de Justiça Luísa Santin Garcia, que ajuizou a ação com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda), os tutores do gado, responsáveis pelo abandono, não foram encontrados até o momento. Na ACP, ela narra que a Fazenda Sítio foi vendida para os responsáveis pelos animais, mas devido à falta de pagamento, a Justiça determinou que o imóvel voltasse para as mãos dos antigos proprietários do local. Após a decisão, os compradores teriam abandonado os animais confinados na propriedade sem água, alimento e condições de sobrevivência.  

Para a adoção das medidas necessárias a resguardar a vida e a saúde dos bovinos, o juiz que analisou o caso autorizou a entrada na fazenda de voluntários, equipe de desastres, veterinários, técnicos, advogados e servidores públicos municipais e estaduais, indicados pelo MPMG, para a verificação, o atendimento e os primeiros socorros aos animais, com possibilidade, inclusive, de instalação no local de hospital de campanha para tratamento dos bois.