Audiência Pública discute a situação dos casarões abandonados em Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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Audiência Pública discute a situação dos casarões abandonados em Montes Claros

A Câmara de Vereadores realizou na manhã desta quinta-feira (19), audiência pública para discutir a segurança pública na região leste de Montes Claros e de casarões abandonados. A iniciativa foi do vereador Edmílson Bispo (PSD), que destacou a importância da reunião para buscar uma solução para o local que está servindo de abrigo para pessoas em situação de rua, onde praticam a prostituição, fazem o uso de drogas e cometem outros delitos.

O proponente enfatizou que com desativação de motel naquela região e com as obras paralisadas nos casarões, a apropriação por moradores de ruas só vem aumentando no local, o que causa insegurança para todos moradores e pessoas que passam pelo local. O parlamentar comentou ainda sobre o homicídio que aconteceu recentemente no motel desativado e os diversos crimes registrados nos últimos meses.

“A sensação dos moradores é de medo. Por isso, solicitamos medidas emergenciais, como a intensificação de rondas policiais, instalação de câmeras de monitoramento, entre outras ações”, disse.

O representante da Secretaria de Desenvolvimento Social, Gleison dos Reis, comentou sobre a importância do debate para a segurança pública e a valorização do patrimônio, no entanto ressaltou a necessidade de cuidar das pessoas que sobrevivem na área, respeitando e garantindo os direitos humanos. Ressaltou ainda a necessidade de desenvolver estratégias e planos para mudar esta situação, sempre levando em consideração a humanidade, o cuidado e a cidadania desses moradores

O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Luciano Magalhães, ressaltou a necessidade de prestar assistência a esses moradores de rua e aos presos que são liberados. “Muitos dos presos que são soltos em audiência de custódia, tanto moradores de Montes Claros como de outras cidades, acabam encontrando na cidade uma opção para ficar ‘vagando’ e de ter acesso às drogas e a prostituição. Pessoas sobrevivendo naquele espaço acabam contribuindo com o aumento de crimes”, afirmou.

O militar ainda comentou que nos últimos quatro anos, tiveram mais de 100 registros de crimes naquela região, entre homicídios, tráficos, roubos, perseguição, entre outros, sendo necessário medidas emergências para mudar essa situação.

Também estiveram presente na audiência o vice-prefeito, Guilherme Guimarães; o capitão Lessa, representando o 11ª RPM e; Welliton José, representante do Secretário de Defesa Social e Mônica, representante da 11ª Departamento da Polícia Civil. (Rayhanne Tallis)