A importância da comunicação não violenta no dia a dia - Rede Gazeta de Comunicação
A importância da comunicação não violenta no dia a dia

Paula Machado

Jornalista

Você já analisou de que forma está tratando as pessoas ao seu redor? Existe um jeito de manter o respeito, a atenção e a empatia durante a comunicação. Através de um método criado no auge dos anos sessenta pelo psicólogo norte-americano, Marshall Rosenberg, e que continua dando certo nos dias atuais: a comunicação não violenta. Mas o que é isso? Uma forma de expressar desejos e necessidades de maneira pacífica e conciliadora, garantindo uma maior conexão e entendimento durante as interações, fazendo surgir nessa abordagem um sentimento de compaixão.

Uma comunicação que pode e deve ser vivenciada em todos os âmbitos da vida, nos relacionamentos pessoais e profissionais, educacionais, em negociações e conflitos de qualquer natureza. É através da comunicação não violenta que são criadas relações duradouras, afetivas e eficazes. Esse tipo de comunicação deve ser usada para se expressar de forma sincera, para que o indivíduo possa receber com empatia a mensagem.

Quando estamos nos comunicando com outras pessoas precisamos estar 100% presentes nesta conversa para entender melhor o que está sendo dito. Muitas vezes temos que controlar o impulso de educar, ser solidário ou competir com o sofrimento do outro, e simplesmente aprender a ouvir. A comunicação não violenta prioriza o fortalecimento de vínculos e a promoção de bons relacionamentos. Entretanto dependendo de como a comunicação é desenvolvida, pode haver comportamentos violentos, como por exemplo, julgamentos que podem gerar sentimento de culpa, crítica e depreciação.

Normalmente a violência na comunicação é decorrente de imposições culturais que geram na maior parte do tempo, ambientes com pressão e competitividade.  Diferente de um ambiente acolhedor que incentiva o diálogo e a compreensão de opiniões diferentes. É na maneira que as pessoas comunicam entre si que encontramos a forma certa para vencer os conflitos durante as interações.

Mas qUando a empatia é recebida? Quando quebramos a tensão no ar. Para que essa comunicação não violenta aconteça é primordial ficar atento a quatro pilares importantes. A observação é o primeiro. Preste atenção no que acontece em determinada situação, questione se o que está sendo repassado a você, seja através da fala ou de ações, acrescenta algo de forma positiva.

O segundo pilar é o sentimento. É importante entender qual sentimento aquela situação desperta. Nomear o que sente também é muito importante. Se desarmar para resolver conflitos e saber diferenciar sentimento, pensamento e interpretação.

Outro item importante são as necessidades. É essencial reconhecer quais necessidades estão ligadas ao sentimento. Quando você expõe suas necessidades há uma chance maior de que elas serão atendidas.

O quarto componente é o pedido. É através do pedido, com uma demanda específica, agregada a ações concretas que é possível deixar claro o que se pretende para outra pessoa. Ainda de acordo com Rosenberg, a melhor maneira é pedir de forma positiva, evitando frases abstratas, vagas e ambíguas. 

É por meio desse tipo de comunicação que podemos perceber o impacto das nossas ações na vida dos outros. A comunicação não violenta estimula o exercício de entendimento quanto as emoções, fazendo surgir reflexões e emoções mais tranquilas.  Não significa que não haverá discussões, mas sim que elas serão resolvidas facilmente chegando a um objetivo em comum.

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