Quem são os jogadores da base do Cruzeiro ‘prontos’ para o profissional? - Rede Gazeta de Comunicação

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Quem são os jogadores da base do Cruzeiro ‘prontos’ para o profissional?

O torcedor do Cruzeiro quer saber: quando os jogadores do sub-20 terão chances no time profissional? Tamanha ansiedade, porém, tem justificativa: a má-fase do elenco principal na Série A do Campeonato Brasileiro, onde está a quatro pontos da zona de rebaixamento e com apenas 24 gols marcados em 26 rodadas, menos de um por partida. A situação impulsiona a cobrança por soluções rápidas e, por que não, caseiras.

Após a implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a China Azul já entendeu que o gestor, Ronaldo Nazário, não fará grandes investimentos no clube, tão pouco, abrir demais a carteira em jogadores considerados caros. Nesse cenário, o sub-20 é visto com prestígio, já que, recentemente, o elenco conquistou o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil da categoria. O elenco principal, em contrapartida, não levou nenhuma taça em 2023 nem tem chances de conquistar alguma.

E quem acompanhou de perto a evolução das ‘joias da base’ do Cruzeiro garante: há muitos profissionais que merecem uma chance de subir. É o caso de Japa, Arthur e Pedrão.

“Esses meninos já tinham se destacado no juvenil, né? E aí, eles começaram a fazer transição sub-20 e, como eu era coordenador e auxiliar, eu sempre já estava levando eles para treinar no profissional. É claro que é naqueles treinos que eu ficava com a equipe B: o time principal viajava, mas eu já vi a qualidade para eles e já está começando um processo de transição”, contou Célio Lúcio, ex- zagueiro do Cruzeiro e que por mais de 20 anos trabalhou com as categorias de base do clube antes da SAF.

A avaliação é bem parecida com a de Wendel, ex-treinador da base do Cruzeiro, hoje treinador da base do América. “Alguns atletas, desde sub-13 e sub-12 que se encontram no clube, ou seja, significa que são atletas com a identidade muito grande, com a cara do Cruzeiro. Eu posso citar o Jhosefer, Otávio, Gui Meira, Japa, Ítalo, Ruan Índio, que são atletas com, no mínimo, entre 5 anos e 7 anos de casa, com muito potencial”, contou.

Confira as qualidades listadas de alguns:

Na opinião de Wendel

Robert (atacante): “É um atleta muito rápido, muito agudo, velocista”

Gui Meira (meia): Eu vejo muito potencial. A gente vê muito pouco no futebol brasileiro atletas com a qualidade dele, de dar a última assistência, que a gente diz, o último passe para assistência para gol.

Ruan Índio (atacante): Dispensa comentários. Na época que fui treinador, que eu era o treinador do sub-14, ele praticamente perdeu um ano devido a lesão, uma lesão no joelho, ficou o ano todo do sub-14 lesionado. Mas a gente já via esse potencial, esse perfil de artilheiro mesmo, o homem que gosta do gol, tem um bom jogo aéreo.

Jhosefer (atacante): Tem muita identificação, uma entrega muito grande. Ele tem um detalhe curioso: nunca foi titular nas (categorias) menores, ele sempre era da equipe reserva. Aí o clube viajava para a Europa, às vezes, ele não viajava: ficava, e ele foi caminhando pela sua dedicação, pelo seu empenho.

Ítalo (lateral/volante): Sempre foi titular praticamente em todas as categorias, acabou que agora no sub-20 ele acabou se tornando um volante, um meio-campo.

Na opinião de Célio Lúcio

Pedrão (zagueiro): Muito forte, muita força, né? Jogou no profissional, alguns jogos. Menino com muito potencial para jogar em alto nível.

Robert (atacante): Tem um perfil ótimo, agressivo, busca o gol. De gol, tem uma técnica muito boa, finaliza bem, é rápido, tem uma tomada de decisão muito boa.

Japa (meia): Jogava como meia no juvenil, se destacou muito, e o técnico faz muito bem a transição de meio-ataque. Tem uma finalização muito boa, tem um drible bom também, tomada de decisão boa.

Treinos na Toca

O Cruzeiro informou nesta segunda-feira (16/10) que seis jogadores do sub-20 passam a treinar com o elenco profissional, na Toca da Raposa II, sob o comando de Zé Ricardo. São eles: o zagueiro Ruan Santos, os meio-campistas Japa e Henrique Rodrigues e os atacantes Fernando, João Pedro e Robert.

Os demais ficam de férias até o início de novembro. “Com isso podemos observar com mais proximidade qual vai ser o desenvolvimento deles na categoria profissional, que é diferente. É um momento que eles precisam se adaptar, entender toda a grandeza que é jogar e representar o profissional do clube”, explicou o treinador.

“Eu que trabalhei muito tempo na base, sei que há uma diferença, existem armadilhas que essa transição coloca à frente. Se vão estar nas próximas relações, se vão jogar, vai depender de muitos aspectos, principalmente da maneira que eles vão encarar isso e vão aproveitar as oportunidades”, completou Zé Ricardo.

Desde o início de 2022, o elenco sub-20 passou a trabalhar no Centro de Treinamento do profissional, para uma melhor integração – antes, eles ficavam na Toca da Raposa I. Desde então, é comum ver os jovens talentos realizando algumas atividades com o plantel principal. (OTempo)