Boletim Econômico do BDMG mostra que o resultado mineiro recuou em relação ao levantamento anterior, mas se mantém positivo e diferente do país que foi negativa em 0,3%
Minas Gerais registrou 4,4% na produção industrial no acumulado de janeiro a agosto deste ano e é o quarto Estado com maior crescimento no país, segundo Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgado nessa terça-feira (10) a partir de resultados publicados pelo IBGE. Os números, porém, revelam crescimento menor em relação ao registrado no último levantamento, que foi de 5% nos primeiros sete meses do ano. Já a produção industrial brasileira foi negativa em 0,3% de janeiro a agosto.
Os segmentos que mais se destacaram no Estado foram a indústria extrativa, em especial o minério de ferro, com alta de 8,3% – superior ao crescimento nacional, que foi de 5,7% -, e a de transformação, com 3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento em Minas foi de 3,9%, enquanto, no Brasil, houve redução de 0,1%.
“Esse recuo no crescimento no acumulado do ano deve-se em grande parte ao desempenho mais fraco da indústria extrativa do Estado, que registrou 8,3% enquanto no levantamento anterior foi 9,9%. Isso é natural, em função da redução da produção de minério de ferro e uma menor exportação em função da desaceleração da economia chinesa. Mesmo assim, a atividade continua robusta”, analisa o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva.
A expectativa para o restante do ano é de que o Estado feche o ano com um bom resultado. “Já estamos enxergando um reaquecimento da atividade econômica em setores favoráveis ao estado, como o de veículos, e a aceleração do mercado de trabalho que, somados à queda da taxa de juros, ajudarão a indústria a obter uma boa performance”, projeta o economista.
O boletim mostra que a dualidade entre o desempenho dos segmentos industriais associados ao crédito e à renda deve ser amenizada a medida que a inflação e a taxa de juros seguem em trajetória cadente. A resiliência do mercado de trabalho mineiro, o crescimento do rendimento médio real do Estado em patamar superior ao nacional e o programa de renegociação de dívidas devem continuar estimulando a demanda por bens industriais mais associados à renda, enquanto a continuidade do ciclo de redução da taxa básica de juros deve impulsionar a demanda por bens de consumo duráveis e semiduráveis, associados ao crédito.
O documento destaca ainda que as expectativas positivas também são corroboradas pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que, em setembro, permaneceu acima dos 50 pontos indicando, pelo oitavo mês consecutivo, que os empresários mineiros estão confiantes. (Ascom DBMG)
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)