O Hospital Aroldo Tourinho realizou no dia 24 de agosto, pela primeira vez em seu Centro Cirúrgico, uma técnica de autotransfusão sanguínea com o objetivo de auxiliar em uma cirurgia cardíaca. Conhecida como recuperação intra-operatória, essa abordagem elimina a necessidade do paciente receber sangue de doadores, trazendo consigo uma série de vantagens, especialmente para pessoas cujas crenças culturais ou religiosas impedem a aceitação de sangue de terceiros.
A autotransfusão sanguínea intra-operatória redefine a maneira pela qual o sangue é gerenciado durante o procedimento cirúrgico. Esse avanço se destaca pela sua abordagem inovadora no uso do próprio sangue do paciente. O procedimento envolve uma sequência cuidadosa de etapas, onde o sangue do paciente é coletado, submetido a processos de filtração e lavagem de impurezas, para só então ser reintroduzido de maneira segura e eficaz na própria pessoa.
O médico cirurgião cardíaco do HAT, Flávio Donizete, explica que “o paciente foi internado para realizar uma cirurgia conhecida como troca valvular aórtica com revascularização miocárdica. Porém, por convicção religiosa, ele não pôde receber outro tipo de sangue, por isso a necessidade do auxílio da técnica de autotransfusão”.
“Felizmente aqui na instituição possuímos um aparelho de última tecnologia que permite a realização desse tipo de abordagem”, diz o médico.
O cirurgião compartilhou também a sua satisfação com os resultados positivos: “estamos extremamente satisfeitos com o resultado dessa abordagem com a técnica de autotransfusão sanguínea. Além de proporcionar uma opção médica vital para pacientes com restrições culturais, essa técnica também minimiza os riscos associados às transfusões convencionais”.
“Desde a minha infância eu sempre tive muitas febres, que posteriormente foram identificadas como febres reumáticas. Isso causou o problema na válvula cardíaca e, daí, veio a necessidade de substituí-la”, diz Valentim Carminate Pavezi, paciente submetido ao procedimento.
“Eu estou muito feliz, a minha esposa também e a minha família. No terceiro dia de pós-cirúrgico já estou praticamente recuperado, apenas aguardando um ou dois dias para ir pra casa. Gostaria de agradecer a todos os colaboradores do hospital pelo cuidado, o carinho e a forma como esta equipe está me tratando”, conclui Valentim.
De acordo com a diretora assistencial do HAT, enfermeira Soneide Dias Batista, “a relevância do procedimento reside não apenas na sua técnica sofisticada, mas também na sua capacidade de atender a um grupo específico de pacientes”.
“Buscamos sempre oferecer um atendimento mais humanizado e um cuidado personalizado, proporcionando soluções adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. Indivíduos que, devido a restrições evitam receber transfusões, agora têm à disposição uma alternativa viável com sua cultura ou crenças”, diz Soneide.
O presidente do HAT, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, comenta que “o sucesso da cirurgia reforça a importância de tornar acessíveis métodos inovadores que promovam tanto a saúde quanto o respeito pelas diferentes perspectivas culturais e religiosas”.
“Temos muito orgulho de nossa equipe médica, parabenizamos a todos, em especial pelo respeito à vida e as particularidades de cada paciente, e reafirmamos nosso compromisso com a diversidade de valores e práticas entre os pacientes”, finaliza o presidente. (Ascom HAT)
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