Projeto discute a assistência à saúde materna e infantil no Norte de Minas - Rede Gazeta de Comunicação

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Projeto discute a assistência à saúde materna e infantil no Norte de Minas

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros conclui, hoje (25), a realização de oficina do 4º ciclo da terceira onda de implantação do Projeto Saúde em Rede, envolvendo municípios que integram as microrregiões de Montes Claros, Francisco Sá, Janaúba/Monte Azul. Nesta nova fase do projeto, o foco das discussões está centrado na linha de cuidado materno-infantil, envolvendo os serviços de atenção primária à saúde e de atenção ambulatorial especializada.

O Projeto Saúde em Rede, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com participação da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP), foi iniciado em 2019, no Vale do Jequitinhonha, e tem o objetivo de formar tutores que estão atuando junto com os municípios na estruturação das redes de atenção à saúde. A proposta é transformar o atual modelo hierárquico, que tem os hospitais como centros dos atendimentos, para dar lugar à gestão integrativa da saúde. Nesse novo modelo, os serviços de atenção primária dos municípios passarão a ser os ordenadores dos cuidados em saúde, com atuação conjunta com as unidades de atenção especializada.

Com o 4º ciclo do projeto em andamento, a referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Denise Silveira, explica que “enquanto as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) desenvolvem trabalhos direcionados para o atendimento das necessidades da população nos municípios, para os serviços de Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), que tem abrangência microrregional, são encaminhados os pacientes que necessitam de assistência mais complexa, muitas vezes envolvendo profissionais de várias áreas da saúde”.

Conduzidas pelas referências técnicas da SES-MG, Denise Silveira, Juliane Damasceno, Ludmila Freitas, Eusane Ferreira, Patrícia Magalhães e Ana Luíza Pauferro, além da participação da apoiadora da ESP, Alice Werneck Massote, a Oficina do Projeto Saúde em Rede, tendo como base o Guia de Formação de Tutores, avalia que “em relação à linha de cuidado materno-infantil, a maioria das gestantes realizará o pré-natal nos serviços de atenção primária. Porém, uma gestação de alto risco necessita de acompanhamento de equipe especializada, devendo os profissionais da atenção primária identificar previamente as condições clínicas e/ou socioeconômicas que tornam aquela gestação como de alto risco”.

Entre os critérios a serem avaliados estão: dependência ou uso abusivo de drogas; presença de agravos alimentares ou nutricionais; doença psiquiátrica grave; cardiopatias; doenças neurológicas ou autoimunes; diabetes gestacional, entre outros.

“A análise de um conjunto de critérios definidos nas diretrizes clínicas apontará qual gestante deverá ser também acompanhada pelo serviço de Atenção Ambulatorial Especializado”, observa o Guia de Formação de Tutores.

Em dois dias de oficinas, que estão sendo realizadas em Janaúba e na Faculdade Prominas, em Montes Claros, profissionais de saúde das microrregiões estão avaliando o acesso do público materno-infantil aos serviços de saúde. A atenção primária deve ser a porta de captação dos usuários; viabilizar a confirmação diagnóstica e a estratificação de risco. A partir daí é identificada a demanda a ser compartilhada com os serviços de atenção especializada.

No dia 24 de agosto, primeiro dia da oficina, o gerente do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE) de Pirapora, Walclísio Sousa, falou sobre regulação de acesso da população aos serviços de saúde e a experiência da implantação de serviços de atenção especializada a partir de investimentos viabilizados pela SES-MG.

Saúde bucal

Além dos temas abordados no 4º ciclo de oficinas, nesta sexta-feira, os tutores municipais do Projeto Saúde em Rede das microrregiões de Montes Claros e Francisco Sá participam de curso sobre a rede de saúde bucal. O objetivo é ampliar as discussões sobre o atendimento odontológico já existente na região, a fim de assegurar que todas as gestantes tenham acesso aos serviços de saúde bucal, a partir do início da assistência no pré-natal. (Ascom SES-MG)

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