A técnica-assistente da Polícia Civil de Minas Gerais, Natalia Correia Silva, lotada no Instituto de Identificação de Minas Gerais (II-MG), foi aprovada no II Curso de Especialização em Identificação Humana, oferecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pela Polícia Federal (PF), tornando-se a primeira especialista da área no Estado.
O curso, realizado na Academia Nacional de Polícia, tem por objetivo fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de estudos voltados para a formação e o fortalecimento de conhecimentos científicos (métodos, técnicas e teorias) sobre os fundamentos da identificação humana, além de capacitar os profissionais com instrumentos que os habilitem a aprimorar permanentemente a ciência da identificação.
A pós-graduação teve duração de um ano e meio e contou com matérias como deontologia, fundamentos da física e química, biometrias, tecnologias, antropologia, fotografia, sistema tegumentar, anatomia, todas voltadas para a área da papiloscopia, além de tópicos avançados acerca da matéria.
Natalia apresentou como trabalho de conclusão de curso um artigo científico sobre a identificação necropapiloscópica, aprovado pela banca avaliadora composta pelo professor da Universidade de Brasília (UNB) e especialista em Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), PhD Malthus Fonseca Galvão, pelo diretor do Instituto Nacional de Identificação, especialista Flávio Roberto de Melo, e pelo papiloscopista e policial federal, especialista Cláudio Miranda de Andrade. Houve ainda um convite para a publicação do artigo na revista científica da Polícia Federal, bem como em periódicos internacionais.
“Ter a oportunidade de fazer o curso de especialização foi uma experiência extremamente importante para mim, pois sempre tive interesse na área de identificação, especialmente em relação à impressão digital. Ao longo do curso, tive a chance de aprender muito e aprofundar meus conhecimentos nesse campo. Antes mesmo de fazer essa especialização, eu já havia feito diversos treinamentos relacionados à papiloscopia e à necropapiloscopia. Esses estudos anteriores me deram uma base sólida de conhecimento e habilidades práticas, o que foi fundamental para que eu pudesse me aprofundar ainda mais durante a pós-graduação”, conta Natalia.
A especialista teve, ao longo da carreira, várias experiências marcantes na área de identificação, atuando por diversas vezes em cenários de DVI. “Nessas situações, é necessário utilizar técnicas avançadas, a fim de trazer uma resposta rápida aos familiares e à sociedade”, observa a técnica-assistente.
Como exemplo, Natália cita o período em que atuou na identificação das vítimas fatais do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. “Foi um momento difícil, mas ao mesmo tempo gratificante e de muito aprendizado, pois pude aplicar todo o conhecimento adquirido e contribuir para trazer respostas e aliviar a dor das famílias”, pontua.
A especialista também é docente na Academia de Polícia Civil (Acadepol-MG) nas matérias de identificação civil, identificação criminal e necropapiloscopia. “Ser professora nessa área me permite transmitir conhecimentos e experiências para novos profissionais, contribuindo para o aprimoramento e desenvolvimento desse conhecimento como um todo”, avalia Natalia. “Agora, com a experiência engrandecedora e motivadora da pós-graduação, sinto-me preparada para colocar todo o conhecimento em prática em situações reais”, conclui. (PCMG)
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