SRS de Montes Claros e instituições articulam ações de vigilância sanitária - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

SRS de Montes Claros e instituições articulam ações de vigilância sanitária

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros sediou reunião de alinhamento de ações a serem implementadas por diversos órgãos do Governo do Estado para o reforço da vigilância sanitária e de saúde em relação à gripe Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). Além da participação no encontro realizado em nível estadual, por videoconferência, dirigentes e técnicos da SRS Montes Claros, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Montes Claros e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) definiram o encaminhamento de sugestões que vão subsidiar a elaboração do plano de ação estadual.

A influenza aviária é uma doença causada pelo vírus Alphaifluenza influenzae, da família Ortomyxoviridae. No que se refere à infecção nas aves, a doença causada pelos subtipos dos vírus influenza A pode ser classificada em duas categorias: a Influenza aviária de baixa patogenicidade que tende a causar afecções assintomáticas ou brandas nas aves e a mais patogênica, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), que causa sinais clínicos graves e altos índices de mortalidade.

De acordo com o plano de contingência elaborado neste ano pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para o enfrentamento da gripe aviária, “a detecção de surtos da doença em oito países da América é uma situação inédita, principalmente na América Latina e Caribe”. Até 20 de junho deste ano, segundo dados da Embrapa, focos da gripe aviária em frangos de corte e/ou galinhas poedeiras foram identificados no Canadá, Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Focos em aves silvestres e/ou aves de subsistência foram registrados no Panamá, Colômbia, Venezuela e Chile.

Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional, devido à detecção da infecção pelo vírus da Influenza Aviária H5N1 em aves silvestres no Brasil.

O plano de contingência da SES-MG alerta que “o Ministério da Saúde (MS) considera de risco alto a probabilidade da introdução do vírus de IAAP, considerando o impacto frente à saúde humana, assistência, impacto social e na capacidade de resposta”.

A coordenadora de vigilância em saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, entende que “a troca de informações entre profissionais de saúde com órgãos que atuam diretamente no setor agropecuário e ambiental constitui medida importante e necessária para que sejam adotadas as medidas preventivas ou de contenção de focos da doença”.

Além do trabalho implementado pelo IMA, Emater, IEF e Polícia Militar Ambiental, as unidades regionais da SES-MG, juntamente com as secretarias municipais de saúde, deve reforçar as ações de vigilância sanitária e ambiental, além de notificar os casos suspeitos ou confirmados de pessoas que possam ter sido contaminadas pelo H5N1. A partir da identificação de um caso suspeito, os serviços de atenção primária dos municípios devem providenciar a coleta de amostra para análise laboratorial; início do tratamento com fosfato de oseltamivir; isolamento domiciliar ou hospitalar; notificação no sistema de informações do Ministério da Saúde; rastreamento e monitoramento das pessoas que possivelmente possam ter sido expostas ao vírus.

Durante a reunião realizada na SRS Montes Claros, técnicos do IMA e da Emater relataram que diversas medidas já têm sido implementadas junto a produtores rurais para a prevenção contra a gripe aviária. As ações envolvem visitas técnicas e realização de dias de campo, repasse de orientações via emissoras de rádio comunitárias e grupos de WhatsApp.

Por sua vez, o Instituto Mineiro de Agropecuária expandiu suas ações em três frentes. A primeira estratégia foi a intensificação do monitoramento de propriedades que recebem animais provenientes de estados brasileiros com focos da gripe aviária. A instituição utiliza o relatório de “Guia de Trânsito Animal”, através da qual é possível rastrear a origem e o destino da carga viva. (Ascom SES-MG)