A implantação do projeto Saúde em Rede em municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros já está obtendo resultados positivos. Atualmente o Projeto contempla 26 municípios que integram as microrregiões de Montes Claros, Francisco Sá e Janaúba/Monte Azul, com investimento de R$ 4,3 milhões. As atividades foram iniciadas em março.
O projeto, que já está na terceira e última onda de expansão, é conduzido pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com apoio da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG). Na área de atuação da SRS de Montes Claros, as oficinas de implantação do Saúde em Rede estão sendo conduzidas pelas referências técnicas de atenção à saúde, Denise Silveira, Juliane Damasceno, Ludmila Rocha, Graciele Fernandes Silva, Eusane Ferreira Santos e Patrícia Magalhães.
O foco do Saúde em Rede é a formação de tutores municipais que estão atuando na estruturação das redes de atenção à saúde, visando transformar o atual modelo hierárquico, que tem os hospitais como centros dos atendimentos, para dar lugar à gestão integrativa da saúde.
“Nesse novo modelo, os serviços de atenção primária terão seus processos de trabalho qualificados para que seja consolidado seu papel ordenador dos cuidados em saúde. Com esse objetivo, o projeto também visa aprimorar a comunicação entre os serviços de atenção primária à saúde e de atenção especializada”, explica Denise Silveira.
A coordenadora de atenção primária à saúde e tutora do Saúde em Rede em Matias Cardoso, Suzy Alice de Souza, avalia que a implantação do projeto no município “sem dúvida está sendo um divisor de águas, além de ser uma proposta inovadora de revisão de processos e fluxos de trabalho. Tem sido um momento de integração da equipe local, no qual se valoriza os saberes de cada integrante. Essa troca é muito valiosa e traz um senso de pertencimento e empoderamento aos servidores, algo que havia se perdido ao longo dos anos”.
Suzy Souza projeta que, em Matias Cardoso, que possui 8.895 habitantes segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a implantação do Saúde em Rede deverá possibilitar “uma assistência de maior qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) através de um cuidado continuado, organizado e integrado”.
Em Catuti, município que possui 4.739 habitantes, a tutora do Saúde em Rede, Bárbara Lorena Custódio Freitas, também avalia como positiva a iniciativa da SES-MG. Ela pontua que isso “aperfeiçoará as rotinas de trabalho das unidades básicas de saúde e esperamos que ocorra o fortalecimento do trabalho em equipe e as práticas interprofissionais”.
Junsiara Vieira Ribeiro, coordenadora de saúde bucal de Josenópolis, cidade com 3.630 habitantes, observa que “tudo que é novo provoca uma certa insegurança, mas o Saúde em Rede tem seu ponto fundamental na reorganização dos serviços. Os trabalhadores das equipes compreenderam a necessidade de se envolverem e participarem de modo ativo nas oficinas. Eles já começaram a vivenciar pequenas mudanças e a principal melhora será o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS). Trabalhando de maneira interdisciplinar, isso refletirá no serviço de atenção especializada, bem como na qualidade de vida da nossa população”, prevê a coordenadora.
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