Congresso do MP em Montes Claros discute regulação das fake news - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Congresso do MP em Montes Claros discute regulação das fake news

Novas orientações do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em tema de prova no processo penal, Regulação das fake news: propostas normativas e experiência comparada, Quatro Conceitos para a responsabilidade civil na quarta revolução tecnológica e Atuação integrada nos desastres ambientais foram alguns dos temas abordados durante o Congresso Regional do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), realizado no auditório da 11ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Montes Claros.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, destacou que o Ministério Público está ampliando os encontros regionais para envolver a sociedade local, sobretudo os estudantes, advogados, juízes, defensores públicos e as polícias, para que sejam aprimoradas tanto a atuação do Ministério Público quanto as parcerias com essas instituições. “O objetivo é potencializar a troca de experiências, os debates e a interação entre esses atores. Além disso, buscamos atrair os jovens para que, um dia, possam integrar a nossa instituição”, destacou.

As palestras Novas orientações do STJ em tema de prova no processo penal e Arguição de relevância da questão federal em recurso especial, apresentadas respectivamente pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz e João Otávio de Noronha. A palestra Regulação das fake news: propostas normativas e experiência comparada. O tema foi apresentado pelo conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Otávio Rodrigues Júnior, com a mesa sendo presidida pelo também conselheiro do CNMP, Rodrigo Badaró Almeida de Castro.

A mesa de encerramento foi formada pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior; pelos ministros Rogério Schietti Cruz e João Otávio de Noronha; pelo corregedor-geral do MPMG, Marco Antônio Lopes de Almeida; pela ouvidora do MPMG, Nádia Estela Ferreira Mateus; pelos conselheiros do CNMP, Otávio Rodrigues Júnior e Rodrigo Badaró Almeida de Castro, pelos promotores de Justiça Daniel Oliveira de Ornelas (secretário das Promotorias de Justiça de Montes Claros) e Wagner Noronha Neves (diretor regional da Associação Mineira do Ministério Público); e pelo professor Marcelo Vinícius Santos Chaves, reitor do Centro Universitário FIPMoc.

O congresso, uma realização do MPMG, por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), com apoio da OAB e do Centro Universitário FIPMoc, teve por finalidade fomentar a discussão de temas relevantes e atuais de interesse institucional e jurídico para os promotores de Justiça, servidores e estagiários da instituição, ampliando a troca de experiências na busca pela eficiência e aprimoramento da atualização voltada para a atuação funcional.


Criada a Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção em Montes Claros

Durante o evento, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior assinou a Resolução PGJ nº 27/2023 que cria a Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC) Regional Montes Claros.

Segundo a Resolução, a Região Norte possui a maior extensão territorial e um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Estado de Minas Gerais, o que reclama a necessidade de atuação articulada entre os órgãos de execução do Ministério Público com vistas à defesa eficiente dos direitos fundamentais sociais e individuais indisponíveis contra as mazelas da corrupção e da criminalidade.

A UCC Regional Montes Claros será composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Regional de Montes Claros (Gaeco-MOC); Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público do Norte de Minas Gerais (CRPP-MOC) e Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária de Montes Claros (Caoet-MOC).


Evento debate responsabilidade civil e atuação integrada nos desastres ambientais

O procurador de Justiça Nelson Rosenvald, coordenador da Coordenadoria de Controle de Constitucionalidade do MPMG, abriu os trabalhos com a palestra Quatro conceitos para a responsabilidade civil na quarta revolução tecnológica (Liability, Responsability, Accountability e Answerability). O professor Marcelo Vinícius Santos Chaves, reitor do Centro Universitário FIPMoc, foi o presidente de mesa. Sobre o tema proposto, Nelson Rosenvald disse que levou em consideração o público majoritário, formado por alunos da graduação do curso de Direito. “Eles são interessados em temas relacionados à tecnologia, porque eles vivenciam isso muito mais do que a minha geração. Eu quis mostrar para eles que a responsabilidade civil que a gente estuda nos livros não condiz com aquilo que nós necessitamos para enfrentar esses desafios relacionados à rápida evolução dos algoritmos, vide a inteligência artificial generativa que é uma inteligência artificial complexa”, explicou.

De acordo com o palestrante, é preciso ter uma visão menos de código e muito mais de uma regulamentação, que deixemos de trabalhar com a contenção de danos e sejamos capazes de conter comportamentos antijurídicos por parte desses agentes econômicos, desenvolvedores de tecnologias e de inteligência artificial. “Foi essa a minha mensagem, ou seja, não é trazer uma palestra simplesmente sobre futurologia, mas dentro dos marcos jurídicos do Direito privado, dentro do conhecimento que a gente tem na responsabilidade civil, procurando avançar um pouco mais”, completou Rosenvald.

Em seguida, a secretária estadual de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo; o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPMG; e o coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, falaram sobre o tema Atuação integrada nos desastres ambientais. Franklin Reginato Pereira Mendes, promotor de Justiça e coordenador regional da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Verde Grande e Pardo foi o presidente da mesa. A linha condutora da palestra foi o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, ocorrido em 2019, e as estratégias utilizadas pelas instituições em suas respectivas áreas de atuação.

Depois, a presidente do Tribunal Regional da 6ª Região, desembargadora Mônica Sifuentes, falou sobre o papel do TRF-6 em Minas Gerais para o fortalecimento da democracia. Na oportunidade ela agradeceu o apoio do MPMG na instalação do Tribunal, ocorrida em agosto de 2022. Resultado do desmembramento do TRF-1, o TRF-6 foi instalado para descentralizar a Justiça Federal, agilizando o julgamento de processos por meio de uma melhor distribuição da carga processual na segunda instância.

Na sequência os temas: ‘A educação como ferramenta para enfrentar a violência doméstica contra a mulher’, ‘Atuação da advocacia na defesa da vítima no Tribunal do Júri’ e ‘Acordo de não persecução penal (ANPP)’ foram apresentados respectivamente pela delegada de polícia titular da Delegacia de Mulheres de Montes Claros, Karine Maia Costa; Warlem Freire Barbosa, diretor-geral de Prerrogativas da 11ª Subseção da OAB; e Mauro Messias, promotor de Justiça do Pará. O coordenador pedagógico do Ceaf, promotor de Justiça Pablo Gran Cristóforo, presidiu as respectivas mesas. (Com informações da Ascom do MPMG)

%d blogueiros gostam disto: