Defesa dos direitos da mulher ganha representação na Câmara Municipal - Rede Gazeta de Comunicação

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Defesa dos direitos da mulher ganha representação na Câmara Municipal

Nesta semana, o presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, vereador Cláudio Rodrigues (Cidadania), e a vereadora Maria Helena Lopes (MDB) visitaram a Casa de Acolhimento Nossa Senhora Rosa Mística para conhecer o trabalho realizado pela Associação, voltado para o atendimento a mulheres em situação de rua.

A visita faz parte dos preparativos para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, uma iniciativa da bancada feminina da Casa Legislativa que tem o objetivo de discutir não apenas as mudanças nas leis para promover a defesa dos direitos da mulher, mas também averiguar a efetividade delas.

Durante a visita, o presidente Cláudio Rodrigues destacou que a defesa dos diretos da mulher é um compromisso de toda a Casa legislativa. “Queremos fortalecer o trabalho da Frente Parlamentar e incluir essa pauta nas diversas ações da Câmara, principalmente em relação à conscientização e orientação, seja através da Escola do Legislativo, como também nas ações em parceria com órgãos e instituições públicas”.

A vereadora Maria Helena explica que uma das prioridades da Frente será o combate à violência contra a mulher. “Mas também vamos falar de temas como capacitação, empregabilidade, empreendedorismo, e discutir oportunidades para inserção no mercado de trabalho, visando resgatar a estima e dignidade dessas mulheres”.

Fundada em outubro 2020, a Casa de Acolhimento Nossa Senhora Rosa Mística tem capacidade para abrigar até 12 mulheres, que chegam encaminhadas por um instrumento público, como Centro Pop, Consultório na Rua da Prefeitura ou algum grupo ligado a própria Arquidiocese de Montes Claros.

Segundo a coordenadora Danúbia Fernandes, nesses quatro meses, a Casa já recebeu seis mulheres que viviam em situação de rua. “Aqui oferecemos um projeto de atendimento individual singular (PAIS), que além dos cuidados de saúde, emocional, psicológico e espiritual, também estimula a reinserção social, a volta aos estudos e ao mercado de trabalho”, explica.

Danúbia diz que a Casa oferece acolhimento a cada mulher por um período de um ano e meio. “Aqui a gente trabalha para que essa mulher seja livre, mas com responsabilidade. Do mesmo jeito que ela fez a escolha de entrar na Casa, ela também é livre para ir embora. E no período em que permanece conosco, recebe atendimento e assistência de uma equipe multidisciplinar composta por médico, psiquiatra, terapeuta, com atendimento psicológico individual e em grupo. Muitas são usuárias de drogas, álcool, e é necessário acompanhamento com medicação para controle de ansiedade, por que vai ocorrer abstinência. A mulher em situação de rua geralmente já vivenciou experiências de agressão física, verbal, moral de todas as formas, muitas inclusive desde muito cedo, ainda na infância. Então, trabalhamos para oferecer um cuidado integral”, relata.