Com enfoque na necessidade de incremento das coberturas vacinais e avaliação da abrangência dos serviços de Atenção Especializada em Saúde, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros concluiu na quarta-feira (14), o segundo ciclo da terceira onda de implantação do Projeto Estratégico Saúde em Rede nas microrregiões de saúde de Montes Claros, Bocaiuva e Francisco Sá. Os trabalhos, realizados no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), envolvem profissionais de 17 municípios que atuam em serviços de Atenção Primária em Saúde e de Atenção Especializada.
As oficinas foram conduzidas pelas referências técnicas de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros Denise Silveira, Juliane Damasceno e Ludmila Rocha, com apoio da analista do nível central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ana Luíza Moreira, e da apoiadora da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP), Alice Werneck. Na quarta e quinta-feira, 14 e 15 de junho, o município de Janaúba sediará oficinas do segundo ciclo do Projeto Saúde que envolve, também, a microrregião de Saúde de Monte Azul.
Ao destacar que as campanhas de vacinação constituem um dos macroprocessos de construção social da Atenção Primária à Saúde, Denise Silveira, reforçou a importância que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possui para o contexto da saúde pública do país. “Ao inserir o debate sobre vacinação já no segundo ciclo do Projeto Saúde em Rede, a SES-MG evidencia a importância que o tema possui, levando em conta que nos últimos anos as baixas coberturas vacinais têm ocasionado a ocorrência de surtos de doenças imunopreveníveis. Isso não deveria estar ocorrendo, devido à existência de vacinas disponibilizadas gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)”, observou Denise Silveira.
A referência técnica em imunização da Rede de Frio da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Mônica de Lourdes Rochido, reforçou que, com 48 imunobiológicos disponibilizados atualmente a todos os segmentos da população, o Programa Nacional de Imunizações é referência internacional. “Por meio de campanhas de vacinação implementadas desde 1804, o país conseguiu controlar a disseminação de dezenas de doenças, entre elas a varíola e o sarampo. No caso da paralisia infantil, Minas Gerais não registra nenhum caso há 37 anos. Ou seja, aliado à disponibilização de água tratada à população, as vacinas causaram um impacto altamente positivo para a saúde pública. Isso porque, entre outros benefícios, por meio das vacinas o país reduziu em 67,7% a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade”, destacou a referência técnica.
Ainda segundo Mônica Rochido, o fortalecimento dos serviços de Atenção Primária à Saúde é mais importante do que construir hospitais. Isso porque, “com uma Atenção Primária à Saúde resolutiva, as pessoas não precisam recorrer aos serviços de maior complexidade para ter acesso a tratamento de saúde de casos mais simples. Nesse contexto, o trabalho em equipe dos profissionais que atuam nos serviços de Atenção Primária constitui medida importante e eficaz nos processos de trabalho, resultados e monitoramento”, concluiu Mônica.
Em oficinas iniciadas na terça-feira, 13 de junho, os profissionais de saúde estão aprofundando o debate e a análise das ações relativas ao Programa Nacional de Imunizações. Entre outras questões, estão sendo abordados a organização das salas de vacinas; desafios da vacinação e aumento das coberturas vacinais; microprocessos de vacinação; além de leitura e análise dos procedimentos operacionais padrão.
Atenção Especializada
Ainda durante o segundo ciclo de implantação do Projeto Saúde em Rede, os profissionais também estão analisando questões sobre a regionalização da saúde e da Atenção Ambulatorial Especializada, que tem como um dos principais atributos a sua vinculação a um território. Nos debates está sendo avaliada de que forma a Atenção Especializada deve ser conduzida, se por meio de consórcio intermunicipal ou de administração direta dos municípios.
Diferentemente dos serviços de Atenção Primária, o território de abrangência da Atenção Especializada ultrapassa as fronteiras municipais, fazendo com que a unidade seja referência para a prestação de serviços em uma escala regional. Isso não significa que a Atenção Especializada esteja afastada da realidade da população para quem oferece suas ações, pois o serviço especializado deve constituir vínculo com as equipes de Atenção Primária à Saúde dos municípios de sua região de abrangência, de modo que possa integrar melhor uma rede regionalizada de Atenção à Saúde. (Ascom SES-MG)
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