A Justiça do Trabalho de Belo Horizonte definiu, na segunda-feira (12), que o Cruzeiro teria 48 horas para reintegrar o volante Henrique, de 38 anos, ao quadro de funcionários do clube. O não cumprimento da decisão resultará em multa diária de R$ 10 mil. Isso significa que o atleta voltará a fazer parte do elenco principal da Raposa? Entenda agora.
A decisão judicial determinou que o Cruzeiro Associação reintegre Henrique ao e-social — sistema do governo federal que busca digitalizar e unificar o envio das informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas das empresas — e que a SAF faça a transferência do contrato de trabalho do volante.
A decisão judicial faz com que o jogador volte a figurar no quadro de funcionários do clube, o que não acontece desde dezembro de 2021, quando Henrique teve seu contrato com o Cruzeiro encerrado. Por outro lado, a determinação não interfere na formação do elenco da Raposa. Ou seja, o volante só voltará a vestir a camisa estrela se direção e comissão técnica assim quiserem.
Henrique não joga profissionalmente desde 2020, quando sofreu uma lesão no joelho, e ainda segue sem poder jogar. De acordo com o staff do atleta, essa lesão impediu o jogador de prosseguir sua carreira até 2022. Por isso, a defesa do volante entende que o vínculo com a Raposa deveria ter sido prorrogado para que ele se tratasse, visto que se machucou enquanto ainda era jogador do Cruzeiro.
A situação física do jogador deve ser, juntamente com o litígio com o Cruzeiro, suficientes para que Henrique não volte a defender o time celeste. É possível que Henrique, uma vez integrado ao quadro de funcionários do clube, fique fazendo trabalhos à parte, como é praxe para jogadores que não serão aproveitados. Um caso semelhante é o do meia Claudinho, que treinou separado do restante do elenco até acertar seu empréstimo para o Pouso Alegre. No processo, o advogado de Henrique, Bady Curi, afirma que o volante realiza atividades físicas por conta própria desde que deixou o clube, para se recuperar da lesão. O representante do jogador ainda dá, nos autos, alguns “caminhos” para a resolução do litígio judicial. “Ele pode voltar, ser reavaliado e ganhar condições de jogo. O Cruzeiro pode decidir por indenizar o jogador. Agora, ele não tem liberação clínica para atuar, mas precisa se recuperar no clube”. (Superesportes)
