GREGÓRIO JOSÉ
Jornalista, radialista, filósofo com pós-graduação em Ciências Políticas
Violência física; psicológica e sexual. Violência financeira ou econômica; abandono, negligência e autonegligência são praticadas diariamente contra idosos. Por esta razão, o dia 15 de junho serve para lembrarmos de promover a conscientização e reforçar o debate na luta pelos direitos das pessoas com 60 anos ou mais.
O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa é apenas um mecanismo para que possamos lembrar que, alguém próximo a nós, pode estar sofrendo algumas destas violências e cabe a nós, estender as mãos e olhar com atenção se não estamos sendo coniventes.
Segundo especialistas em atendimento ao idoso, o principal objetivo desta lembrança é combater o etarismo na sociedade que, nada mais é do que um preconceito discriminatório em razão da idade avançada, observada cada vez mais na maioria das cidades e que se torna uma realidade no mundo moderno. Afinal, muitos idosos acabam assumindo a responsabilidade sobre as famílias, às vezes netos e bisnetos, mesmo no período em que poderiam estar desfrutando de suas aposentadorias.
Embora alguns idosos não se sintam usados ou desvalorizados, aumenta a cada dia as denúncias através do Disque 100 ou do 190 da Polícia Militar. Bem por isto é que a data serve para lembrar parte da sociedade sobre a responsabilidade que precisa ter com as pessoas que envelhecem.
Vale lembrar que o preconceito enfatiza uma conotação negativa das pessoas na terceira idade, diminuindo e desvalorizando o idoso, aumentando a exclusão social.
Quem abusa ou discrimina um idoso hoje, poderá sofrer as consequências da lei do retorno natural, afinal o processo de envelhecimento da população aponta a necessidade de adequação da configuração social, de maneira econômica, nos papéis intrafamiliares e na compreensão das alterações biológicas próprias ao ciclo de vida que representam em conjunto a relação de interdependência em relação ao cuidado e sustento.
