Professor fala sobre a tecnologia e mundo virtual no ambiente escolar
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JOYCE ALMEIDA
A inserção das crianças no mundo virtual foi colocada em cheque após os ataques das escolas em diferentes partes do Brasil. A internet proporcionou uma ampla exposição de conteúdos pejorativos, além da propagação de notícias falsas, disponíveis para o acesso de qualquer indivíduo, principalmente a população mais jovem.
No entanto, o professor Luís Filipe Braga, de Montes Claros, que é especialista no ensino de robótica e usa a tecnologia como ferramenta positiva, alerta que, com a orientação adequada, as crianças têm muito a aprender neste universo. “A tecnologia tem o lado bom, mas também tem o seu lado ruim. Do mesmo modo que existem diversas ferramentas que servem para ajudar as crianças a estarem aprendendo coisas novas na internet – que podem ser utilizados por eles no mercado de trabalho – há também grupos radicais que aproveitam desses meios que são mais difíceis de serem rastreados, para acessar os espaços expostos às crianças e adolescentes, e propagar discursos de ódio. Esse público infanto-juvenil precisa ser monitorado para que consigamos encaminha-lo para o lado bom da internet e da tecnologia, ao invés de cair nessas ciladas que estão disponíveis no ambiente virtual”, explica.
Para o especialista, a tecnologia possui vários segmentos que são bons que podem ser explorados, como o campo da robótica. “Aqui no ambiente de robótica ou de desenvolvimento de jogos e aplicativos, podemos utilizar a tecnologia com outro tipo de perfil. Aprendemos a montar projetos que servem para automação residencial e industrial. As crianças aprendem a programar e construir projetos com a metodologia que envolve a engenharia, ciência, arte, matemática, então aqui existe um encaminhamento do aluno para uma tecnologia”.
A criança para ser introduzida no ensino de robótica, ela precisa ser alfabetizada para poder compreender a dinâmica da atividade. “O pré-requisito para começar robótica é ser alfabetizado. Geralmente, a exigência que temos é que a criança tenha na faixa dos seis anos de idade. É a partir dessa idade quando ela já estiver conseguindo fazer uma leitura básica, que introduzimos os primeiros conceitos, claro que inicialmente é de uma forma mais simples e vamos avançando. Mas é nesse início que a criança consegue construir os primeiros jogos, por exemplo. É uma ideia bacana pois a criança ao invés de ficar jogando, ela pode construir o seu próprio jogo utilizando programação e técnicas de criatividade em diversas plataformas online ou ele pode utilizar vários produtos que temos no laboratório”, explicou o professor e aponta: “a ideia é que a criança consiga aproveitar o seu tempo livre que tem em casa e, usar a tecnologia que ela já utilizava antes, só que desta vez, pensando nos projetos de robótica que ela vai produzir no laboratório”, finaliza. (Sob supervisão de Stênio Aguiar)