Vicentinos se despediram das relíquias de São Vicente de Paulo - Rede Gazeta de Comunicação
Vicentinos se despediram das relíquias de São Vicente de Paulo

GIRLENO ALENCAR

Os católicos, seguidores de São Vicente de Paulo, em Montes Claros se despediram, no domingo (30), das relíquias que ficaram na igreja que leva o nome do santo desde o dia 5 de abril, na igreja do antigo asilo. A missa foi celebrada pelo padre Mazim, que enfatizou a atuação de Frederico Ozanam na caridade e lembrou-se de Madre Tereza de Calcutá e até mesmo o padre Henrique Munaiz, que morou em Montes Claros. As relíquias foram veneradas pelos fieis, que tomaram contra do templo.

São Vicente de Paulo, o fundador da Comunidade dos Padres e Irmãos do Caraça, viveu em Paris, na França, a maior parte de sua vida. Morreu no dia 27 de setembro de 1660, sendo sepultado no dia seguinte. Quando se fez o processo de sua beatificação, em 1720, abriram seu túmulo e foram reconhecidas as suas relíquias, que se conservavam intactas. Quando foi canonizado, em 16 de junho de 1737, suas relíquias foram transferidas para uma preciosa urna de prata, onde foram veneradas até 1792, durante a Revolução Francesa, quando os padres foram expulsos de sua residência, o convento então chamado de São Lázaro, e a urna foi confiscada e depositada entre os Bens Nacionais. O corpo tinha sido escondido no porão da casa de um alto funcionário da Congregação e ali ficou até 1806, até passada a agitação revolucionária.

A partir dessa data, até 1815, foi guardado numa Comunidade das Filhas da Caridade, também fundadas por São Vicente, e de lá passou para a Capela da Rua du Bac, onde hoje é a Casa-Mãe das Irmãs. A festa que se comemora no dia 26 de abril, cada ano, recorda o que houve em 1830, quando o arcebispo de Paris procedeu à autenticação das relíquias de São Vicente, depois as encerrou numa nova urna de prata, doada pela Arquidiocese de Paris, onde foi exposta à veneração dos fiéis. Foi muito solene e concorrida a procissão que levou as relíquias para a Rua de Sèvres, onde fica atualmente a Casa-Mãe da Congregação dos Padres Vicentinos (ou Lazaristas). Quando, em 1854, se terminou a construção do majestoso altar-mor da igreja dos Padres, a preciosa urna foi colocada num lugar elevado, que permite sua visão por todos os que estão na igreja, sendo acessível por escadas que permitem a chegada dos fiéis até ao lado do sagrado corpo.

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