Piscicultores do ATeG projetam venda de peixes acima de três toneladas - Rede Gazeta de Comunicação
Piscicultores do ATeG projetam venda de peixes acima de três toneladas

O período de Semana Santa e Páscoa tem ajudado a aumentar ainda mais o ânimo de piscicultores atendidos no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Sistema Faemg Senar, na região de Bocaiuva, no Norte de Minas. Prato típico do período, a expectativa é que a venda de peixes, somente na modalidade varejo, possa chegar a mais de três toneladas e meia. A espécie surubim/pintado real é a maior aposta na região.

“As vendas fracionadas ainda representam a maior realidade dos piscicultores locais, sendo a grande maioria produtores que estão no ATeG. Essas datas, como a Semana Santa, ajudam muito e corroboram para o ânimo que todos estão com a atividade. O consumo de peixes está na cultura religiosa e também na culinária, o que beneficia a demanda maior do mercado”, avalia o presidente da Associação de Piscicultores do Portal do Norte, Herciliano Carneiro.

Para a Associação de Piscicultores, a estimativa de vendas para a Semana Santa já é expressiva e representa um bom início de posicionamento no mercado regional de pescados. No entanto, o objetivo é expandir ainda mais. A instalação de um frigorífico próprio na cidade de Bocaiuva já foi anunciada, com previsão de início dos trabalhos ainda em 2023 com a capacidade de abater cerca de uma tonelada de peixes por dia.

Neste sentido, a atuação do programa ATeG tem ajudado na organização da atividade, tanto no manejo dos peixes quanto na questão gerencial dos negócios rurais. A Assistência Técnica e Gerencial, inclusive, tem sido ponto de partida para uma pesquisa de mercado que identificou a espécie surubim/pintado real como a mais ideal para criação.

“Os produtores estão atuando com mais qualidade, conseguindo identificar o cenário de mercado. Com o ATeG fizemos ajustes de práticas e técnicas, como na quantidade certa de ração oferecida, a quantidade de peixes por tanque, a limpeza correta da água destes tanques, entre outros. Isso tudo gera mais qualidade e sabor ao peixe que estamos colocando no mercado, agrega valor para um produto melhor”, explica Herciliano Carneiro.

Assistência pontual

Este é o primeiro grupo de trabalho de ATeG na região para a cadeia da piscicultura, que conta com apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Bocaiuva. Os resultados iniciais são tão animadores que já existe uma fila de espera, com pelo menos 80 pessoas interessadas, para novos ciclos do programa. Rogério Couto da Silva é um dos produtores que está entre os atendidos e já tem conseguido vender bem seu produto. Ele, que começou a criação de peixes pouco mais de um ano atrás e de forma despretensiosa, enxerga hoje um mercado potencial, que pode ser ainda mais valorizado – especialmente com uma atuação mais técnica em campo.

“No início não coloquei muito peixe, pelo pouco conhecimento na área. Com o tempo abri a mente, fui tirando dúvidas com o técnico do ATeG e vi que era possível melhorar. Hoje eu indico para amigos e familiares como um ótimo investimento. Em pouco tempo eu já tenho consumidores certos do meu produto, criei uma referência. Nessa época do ano fiz várias vendas ao longo das últimas semanas”, comenta Rogério Couto.

Cenário que também é animador para o criador José Adilson de Sena. Nos três primeiros meses do ano ele já contabiliza a venda de mais de 1.500 unidades de peixes, inclusive para o período da Semana Santa, também na modalidade varejo. A clientela atual já cobre os investimentos feitos na compra de alevinos e construção das estruturas dos tanques. O incremento de novas técnicas tem sido primordial para evolução do trabalho.

“Estou na atividade há cerca de dois anos e foi após o ATeG que tive um incremento de técnicas e melhor definição de estratégias para atuar na área. Após a assistência, com orientação mais específica, estou vendo resultado com trabalho mais correto. Foi preciso correção no manejo dos peixes, estrutura dos tanques e alimentação, além de ajustes para melhor controle no ciclo de reprodução e saída de peixes. A piscicultura é a principal atividade no sítio e a tendência é crescer mais, com mais investimentos”, destaca José Adilson. (RICARDO GUIMARÃES – Colaborador)

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