CEO da SAF do Cruzeiro, Gabriel Lima disse que o clube encaminhou diversas propostas às empresas gestoras do Mineirão (Egesa, HAP e Construcap), mas não houve acordo. Em contrapartida, as ofertas feitas pela Minas Arena não incluem a participação do clube celeste em receitas comerciais. Para o dirigente, a administradora do estádio não quer receber partidas de futebol.
“O Cruzeiro tentou por inúmeras vezes chegar a um acordo e ter condições de jogar no estádio. Volto a falar, pertence ao governo e está temporariamente cedido à iniciativa privada. Fizemos uma série de propostas para Egesa, HAP e Construcap, as construtoras que formam o consórcio. Todas elas seguindo padrões mínimos praticados em estádios cedidos ao redor do mundo. Nenhuma delas foi aceita, não sei explicar o porquê”, afirmou o dirigente, em evento na ALMG.
O dirigente classificou as propostas da Minas Arena como inaceitáveis. “Me parece que não há qualquer interesse em ter futebol no estádio. As propostas da Minas Arena apresentam condições piores das que tivemos no ano passado quando já eram totalmente inaceitáveis e não respeitavam o valor do Cruzeiro e sua torcida. Nenhuma participação em receita comercial, venda de comida e bebida e camarotes. Não é justo e não tem quem me convença do contrário”.
Operação do Mineirão
Gabriel Lima disse que o Cruzeiro apresentou, no ano passado, uma proposta para um operador externo administrar o estádio, o que geraria redução nos gastos do governo em repasses para a Minas Arena e garantiria retorno financeiro à administradora. Apesar disso, a gestora do estádio não aceitou.
“Ao longo do ano passado, apresentamos uma outra proposta que trazia um operador máster renomado para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Reduzia o aporte do governo, reconhecia o Cruzeiro e a importância na geração de receitas e garantia para a Minas Arena, pelo menos, o mesmo valor faturado em 2022. Não foi aceito”, destacou.
O dirigente do Cruzeiro entende que a Minas Arena quer reduzir custos com um novo operador e continuar recebendo do governo do estado.
“Pelo contrário, todas as informações que tivemos foi que a Egesa, a HAP e a Construcap buscam, na verdade, um operador para, em uma manobra contábil, reduzir seus custos, atingindo um índice financeiro e obrigando o governo a pagar ainda mais. Quero reforçar que nossa discussão e pleito seja para que o Mineirão seja utilizado para sua finalidade.”
Gabriel Lima acrescentou que a intenção do clube é ter uma relação pacífica com a gestora: “Não somos contra a realização de shows, queremos a convivência harmônica entre os eventos de música e o futebol. E principalmente que esse histórico estádio, que pertence ao cidadão mineiro, seja usado na sua plenitude”. (Superesportes)
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