VINÍCIOS SANTOS
Eu me lembro de quando chegou o primeiro caso suspeito de infecção por Covid-19 em Montes Claros. Um desespero, uma correria. Poucas informações sobre uma doença que, pouco antes, estava só na Itália. Interditaram o Hospital Universitário Clemente Faria, a princípio, falavam de um caso de sarampo. Depois as suspeitas de que a Covid-19 chegara em Montes Claros se confirmaram. E o medo chagava com ela.
À época, as grandes aglomerações em inúmeras cidades, por todo o país, em decorrência das comemorações de Carnaval, foram apontadas como disseminadoras da doença para todos os cantos do Brasil. E as consequências nós vimos. Muitos mortos pelo vírus, muitos doentes, e muitos destes, até hoje, ou por um bom tempo, com sequelas, falta de ar, um cansaço às vezes desproporcional… Vieram com o medo e o luto as restrições, isolamento social e o uso da máscara.
Mas acontece que nós nos acostumamos, nos acomodamos. É claro, boa parte da população se vacinou, uma, duas, três, quatro vezes, quando chegaram as vacinas; entretanto, outra parte considerável optou por não se vacinar. E fato é que se entende que a doença estará constantemente entre nós. Mas os momentos de festejar também. Mais um Carnaval chegou. É certo que agora o momento é outro e, mais uma vez, multidões se reunirão. Se haverá consequências? Só o tempo dirá. Aguardemos.
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