O arcebispo eleito de Montes Claros, dom José Carlos de Souza Campos, usará um palio insígnia litúrgica própria dos arcebispos metropolitas, o pálio é atualmente entregue pelo papa na solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29 de junho, e imposta ao arcebispo pelo núncio apostólico na sede metropolitana. Tal insígnia possui o formato de “Y”, é confeccionada de lã branca e decorada com seis cruzes pretas, e em três são impostas cravos, recordando as chagas de Cristo. Os mesmos, após a sua confecção, são conservados na Basílica de São Pedro, em Roma, aos pés do altar da confissão, próximo ao túmulo de São Pedro até a data supracitada.
O pálio é utilizado pelos metropolitas nas igrejas do seu território arquidiocesano e nas da sua província eclesiástica. Destarte, trata-se de um sinal da unidade e da comunhão com a Sé Apostólica; e vínculo de caridade e estímulo de fortaleza que o metropolita deve ter com o povo a ele confiado. Será este o sinal que dom José Carlos de Souza Campos, 4º arcebispo eleito da Arquidiocese de Montes Claros, passará a usar quando o receber do papa e imposto pelo núncio apostólico.
Quando, portanto, o arcebispo de Montes Claros for visto portando o pálio ao redor do seu pescoço sobre a casula, será lembrado que este sinal começou sua trajetória no dia de Santa Inês. Ele, mais do que uma simples indumentária, visibilizará a missão de dom José Carlos na Província Eclesiástica de Montes Claros; será elo com a Sé Apostólica, e é um sinal da solicitude do Pastor que leva a ovelha sobre os seus ombros, num gesto de serviço de amor e cuidado com o rebanho que lhe foi confiado.
Citada na Oração Eucarística I (Cânon Romano), Santa Inês, celebrada liturgicamente em 21 de janeiro, figura entre as sete mulheres mártires lembradas na referida prece. Virgem, ainda jovem em Roma Inês deu o grandioso testemunho da fé e consagrou, com o martírio, o valioso tesouro da castidade. Relatos do seu martírio afirmam que por não ceder às investidas de homens jovens da nobreza romana, foi denunciada por eles às autoridades como cristã. Sua hagiografia relata que condenada a ser exposta nua publicamente, foi protegida pelo seu Anjo da Guarda, que não permitiu que os homens a tocassem, mantendo a sua pureza.
Porém, por recusar adorar outros deuses, Inês foi condenada ao martírio, inicialmente à morte na fogueira, mas como as chamas não a consumiam, acabou por ser decapitada. Assim, o seu nome faz jus ao seu testemunho: Inês – do latim Agnes e do grego Agné – significa justamente pureza, associando-se ao termo latino empregado para cordeiro – agnus. Na iconografia, Santa Inês é sempre representada juntamente com um cordeirinho, símbolo de docilidade e ao mesmo tempo de sacrifício, e a palma, símbolo do martírio.
Por essa razão, todos os anos, no dia 21 de janeiro, na Basílica Menor de Santa Inês fora dos muros, são abençoados dois cordeiros que depois são levados ao Santo Padre, o Papa, no Palácio Apostólico e, posteriormente, entregues às freiras de clausura do romano convento de Santa Cecília, em Trastevere, que retirarão a lã que será utilizada para a confecção dos pálios dos arcebispos. (Portal Arquimoc)
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