“Gênero Sertanejo tem 58% da preferência do público brasileiro”, revela pesquisa - Rede Gazeta de Comunicação

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“Gênero Sertanejo tem 58% da preferência do público brasileiro”, revela pesquisa

JHULLIE RODRIGUES

A música é capaz de expressar sentimentos e opiniões, além de carregar características do período em que foi escrita. A exemplo disso podemos citar a Bossa Nova, nos anos 50, o movimento hippie nos anos 60 e atualmente o sertanejo universitário, por exemplo.

A música é potente e está presente em todas as classes sociais, acompanhando pessoas de todas as faixas etárias. Ela é capaz de gerar identificação e, por isso, é possível analisar o que cada nicho social escuta. Em pesquisa divulgada pelo IBOPE, o estilo que ganhou o coração brasileiro foi o sertanejo, 58% entrevistados na pesquisa declaram preferir o gênero musical.

Adriana é parte dessa porcentagem. Aos 41 anos, a cabelereira garante: “eu nasci e cresci escutando muita música. Na minha casa e aqui no salão toca sertanejo o dia inteiro. Conheço tudo de ‘modão’ e de sertanejo universitário. Eu amo muito e tem música que me faz arrepiar”.

A opção menos votada, segundo o IBOPE, foi a que elencava o JAZZ e o Blues com apenas 9% dos votos. A lista segue com as seguintes porcentagens: MPB (47%), samba/pagode (44%), forró (31%), música eletrônica (29%), gospel (29%), axé (26%), funk (17%), country (12%), clássica (11%).

Com esses dados, é possível entender que a classe social tem influência no estilo musical. Grande parte dos fãs de samba, pagode e sertanejo é da classe C e quem escuta um desses estilos, costuma ouvir também os dois sequentes.

No segundo lugar do ranking vem a MPB, está nas playlists de aproximadamente 70% daqueles que também são fãs de rock. O que também pode ser notado aqui é que 52% dos roqueiros e 46% dos ouvintes de MPB são das classes A e B.

Tânia de 34 anos, é empresária e se diz fã de muitos artistas da MPB: “eu amo Marisa, Vanessa e Elis. Sempre ouvi forró e sertanejo raiz com meus pais. Quando cresci, fui frequentando outros ambientes e conhecendo outros estilos, foi aí que a MPB me conquistou. Agora eu também escuto outros artistas inclusive, meu marido me fez me apaixonar por rock, sempre vamos a shows juntos e agora já até sei cantar algumas de cor”.

Ainda de acordo com os dados 70% dos ouvintes de funk são da classe C, D ou E. Na música gospel esse percentual é de 72%. Mesmo sendo estilos bem diferentes, 38% dos funkeiros afirmam escutar música religiosa e, entre os ouvintes de gospel, 22% dizem escutar funk. Andressa, de 29 anos se diz eclética e aponta: “Eu sou dessas que escuta de tudo um pouco! Sou da classe C, mas escuto até música Clássica às vezes. Pra mim, depende da situação emocional, do clima ou do tipo de festa, mas tudo pra mim é bom! O importante é sempre ter música tocando!”.