Postos aproveitam ‘vácuo’ e sobem preço de combustível - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Postos aproveitam ‘vácuo’ e sobem preço de combustível

GIRLENO ALENCAR

Os montes-clarenses foram surpreendidos neste início do ano com o aumento de gasolina de R$ 4,77 para R$ 5,67, implicando em aumento de R$ 0,90 no litro, em ação que será investigada pelo PROCON municipal. O aumento ocorreu aproveitando a brecha da desoneração do ICMS, que venceria no sábado (31), véspera da posse presidencial de Lula e o preço da gasolina poderia subir R$ 0,69 a partir do domingo; o do diesel, R$ 0,33; e o do etanol, R$ 0,26, com o fim da desoneração federal.

O cálculo é o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), do consultor Adriano Pires – que chegou a ser indicado por Bolsonaro em março para ser presidente da Petrobras (PET), mas desistiu em meio a denúncias de conflitos de interesse. Ontem (2), alguns postos notaram o erro e reduziram o preço. O álcool que tinha saído de R$ 3,68 para R$ 4,59, voltou para 3,99. A gasolina ficou alta em R$ 5,69.

O presidente regional do sindicato dos postos (MInaspetro), Gideon Durães, explicou que o assunto está todo vinculado a sede em Belo Horizonte.

Ainda nessa segunda-feira (2), o presidente do PROCON de Montes Claros, Alexandre Braga, explicou que colocou a fiscalização para averiguar qual o cenário de Montes Claros. Ele entende que pode ter ocorrido de algum posto de combustível ter comprado uma carga do produto no dia 31 para receber em 2 de janeiro, pagou sem a desoneração e repassou aos consumidores.

O empresário Gustavo Xavier, ex-presidente do PT em Montes Claros, não aumentou seus preços, pois tomou conhecimento do decreto prorrogando a desoneração. Porém lembra que o etanol sofreu alteração para cima, pois a safra acabou e elevou os preços. Ele afirma que o diesel e gasolina mantiveram o preço, mas é preciso acompanhar o mercado nos próximos dias para ver o que realmente acontecerá. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu prorrogar a isenção de tributos federais sobre os combustíveis (PIS/Cofins e Cide), por mais 90 dias, porém o decreto foi publicado apenas no domingo à noite, depois de encerrada a sua posse.