GIRLENO ALENCAR
A evasão dos alunos das salas de aulas provocada pela pandemia, além da necessidade de melhorar a arrecadação de doações do Imposto de Renda para o fundo da infância e adolescente, assim como colocar unidades de capacitações de adolescentes em vários bairros foram tema discutidos na XII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada ontem pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Montes Claros (CMDCA) no auditório da Amams.
A secretaria municipal de Educação, Rejane Veloso mostrou que a pandemia causou impactos para essa faixa etária, pois os alunos deixaram de estudar, para não contraírem a doença e como solução, foi necessário usar o ensino remoto, com uso de tecnologias, quando isso não era comum. A secretária pediu ainda apoio para fazer a busca ativa de alunos que estão fora da sala de aula. A assistente social Cláudia Rocha mostrou que Montes Claros esta deixando de captar mais recursos do imposto de renda para o fia, pois só as ONGs fazem este trabalho de captação.
Nos debates, os participantes se queixaram que muitos adolescentes estão desistindo das capacitações pela dificuldade de logística, pois não recebem o vale transporte. Por isso deveria criar esses núcleos de capacitações em maior quantidade de bairros. A conferência tem por objetivo discutir e articular, de forma coletiva e democrática, propostas e estratégias para as políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente.
O tema deste ano será a “situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempo de pandemia da Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”.
