Produção em baixa altitude movimenta a região de Pirapora - Rede Gazeta de Comunicação

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Produção em baixa altitude movimenta a região de Pirapora

A Fazenda Bauru é outra propriedade que exemplifica bem a importância de aliar conhecimento e tecnologia para uma produção sustentável, independentemente de onde o empreendimento é montado. Localizada em uma região considerada de baixa altitude, cerca de 500 metros, o projeto, que existe há 15 anos, migrou para o Norte do estado após anos dedicados ao plantio de café na região de Patrocínio, no Triângulo Mineiro.

Atualmente são 470 hectares destinados à produção de café tipo arábica (cereja descascado e descascado fermentado), com foco no mercado internacional. 70% do que é produzido é exportado, especialmente para redes de cafeterias na América, Europa e países do Oriente Médio. A gestão do empreendimento já projeta expansão, para chegar a um total de 680 hectares, passando de 30 mil para 40 mil sacas de café ao ano.

“Estamos localizados entre Várzea da Palma, Buritizeiro e Pirapora. Somos pioneiros; até então ninguém acreditava que era possível plantar café por aqui. Há 20 anos, nós já considerávamos a irrigação como grande ferramenta tecnológica, por isso temos até hoje o uso do pivô central como diferencial. Para tudo isso funcionar, o Rio São Francisco foi determinante. Solo a gente constrói. Aqui é tropical, e nós sabíamos do limitante, mas já existiam estudos que mostravam os caminhos para seguir. Pegamos o que era melhor do Cerrado e desenvolvemos aqui. A produção precisa ser muito técnica, pois nos obriga a ter pouca margem de erro”, lembrou o gerente da fazenda, José Eustáquio Gonçalves.

Parte do sucesso e durabilidade do empreendimento teve como foco um trabalho gerencial e técnico, que propiciou a criação de uma metodologia própria, adaptada ao cenário regional, que inclui manejo de irrigação, otimizando a água usada; investimento em materiais para uso em plantações em regiões de baixa altitude; manejo de fertilidade de solo; um calendário de plantio; e introdução de braquiária, forrageira que atua como matéria orgânica, entre outros.

“O objetivo de tudo isso foi chegar a este nível de produção. Quando se tem metodologia bem-feita, tem produtividade. Ser propriedade técnica é buscar conhecimento. Quando se consegue aplicar tecnologia, os resultados são grandes. Aqui também temos como ponto forte o solo arenoso, que reduz cursos de fertilização e adubo. Hoje nosso custo por hectare varia entre R$ 22 mil e R$ 23 mil por ano”, finalizou José Eustáquio.

Nova frente de trabalho

Para o gerente regional do Sistema Faemg em Montes Claros, Dirceu Martins, o crescimento da cafeicultura é de suma importância para a região. Somente na Fazenda Baru, a rotina de trabalho emprega, em média, 120 pessoas; em época de colheita, movimenta de 200 a 250 funcionários. “Estes dois exemplos de empreendimentos mostram a potencialidade de produzir café, no Norte de Minas, com uma qualidade semelhante à dos melhores cafés de nosso estado”. (RICARDO GUIMARÃES – Colaborador)

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