A Câmara de Montes Claros promoveu nesta quarta-feira (25), audiência pública, para discutir a respeito das intervenções propostas e a serem realizadas pela concessionária Eco-135, entre os trechos limítrofes das comunidades de Santa Rita, Pentáurea e Lagoinha. O evento foi de iniciativa dos vereadores Wilton Dias (PTB), Igor Dias (PSL) e Maria Helena Lopes (MDB).
A BR-135 foi estadualizada em 2017, passando a ser de responsabilidade do Governo de Minas. A rodovia liga o meio norte do Brasil (Maranhão) e termina em Belo Horizonte. A ECO-135 foi a concessionária escolhida, por meio de licitação, para administrar as rodovias 135, MG-231, LMG-754, sendo uma das principais rotas de interligação entre as regiões Sul/Sudeste e Nordeste.
Atualmente a concessionária está fazendo a duplicação de trechos de Montes Claros a Belo Horizonte. Uma das intervenções ocorreu nas comunidades Santa Rita, Pentáurea e Lagoinha, em Montes Claros, algumas dessas mudanças não têm agradado os moradores. A região da Lagoinha/Pentáurea é uma das principais responsáveis pela agricultura familiar da cidade.
“A Câmara de Montes Claros não pode ficar omissa diante os problemas apresentados. Essas intervenções já estão sendo feitas sem ouvir os moradores o que afetará a vida de todos”, enfatizou o vereador Wilton, que ainda destacou o alto preço dos pedágios cobrados pela concessionária.
De acordo com o contrato da concessionária Eco-135 com o Governo de Minas, é de responsabilidade da empresa recuperação, manutenção e conservação da rodovia, prestação de serviço de atendimento ao usuário (com ambulâncias e guinchos), entre outras. A empresa possui 30 equipes que trabalham 24h por dia, gerando 1300 empregos diretos e indiretos aqui na região do Norte de Minas. O gerente de engenharia da Eco-135, Ramon Beker, explicou que o contrato é mutável e se necessário a empresa pode fazer as mudanças de acordo com o interesse da população e na segurança de todos.
“A empresa ficará responsável pela rodovia por 25 anos, então temos muita coisa ainda para fazer. Nosso foco é a duplicação que terminará até dezembro do ano que vem. Antes das intervenções tivemos reuniões com líderes comunitários explicando o que seria feito. As passarelas instaladas, por exemplo, proporcionam mais segurança aos pedestres, como estudantes os usuários do posto de saúde que fica às margens da rodovia”, ponderou Beker.
O superintendente da ECO-135, Sílvio Caldas, também afirmou que o contrato é mutável e que o objetivo da empresa é trazer melhoria para toda à população, inclusive aos motoristas que trafegam pelo trecho. Representando a Secretaria de Infraestrutura, Guilherme Pagliara, enfatizou que os projetos devem estar em constante evolução e melhorando ao longo do tempo.
Segundo o deputado estadual Arlen Santiago (PTB), foram enviados diversos ofícios ao procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Júnior, pontuando as questões envolvidas no trecho em questão. Outro ponto abordado por Santiago foi o alto custo do pedágio, que atualmente é de R$8,70 por eixo. “Nós, deputados da bancada do Norte, acionamos a Justiça para barrar estes aumentos. Os problemas não são graves, mas é necessário haver uma melhor comunicação para que o progresso aconteça”, disse o deputado Arlen.
O deputado estadual Carlos Pimenta (PDT) também ressaltou os valores cobrados dos pedágios e sugeriu que a BR-135 volte a ser de responsabilidade do Governo de Minas e que o serviço não seja terceirizado. O vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, pontuou que a região do Pentáurea faz parte do território municipal e por isso, a prefeitura está atenta às intervenções e as necessidades da população. (Ascom CMMC)
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