A Federação das Indústrias de Minas Gerais, núcleo Norte de Minas, abriu desde o dia 11 de abril, as inscrições para o “Challenge FIEMG Lab”, programa de desafios de inovação aberta, realizado em parceria com indústrias, que proporciona gratuitamente oportunidades de negócios e desenvolvimento para startups e spin-offs de todo o Brasil. O programa compreende, identifica, conecta e aplica novas soluções e tecnologias aderentes aos desafios propostos. Até o momento, já foram lançados, no mercado, mais de 20 desafios em diversos setores da indústria. Pela primeira vez, será realizada uma edição do programa com a Novo Nordisk, uma das Indústrias do Futuro do FIEMG Lab, e líder global em saúde com foco no tratamento de doenças crônicas graves. A empresa é a maior produtora de insulina do mundo, e luta, desde 1923, para derrotar o diabetes.
Os desafios do Novo Nordisk Challenge FIEMG Lab são de redução de tempo de máquinas paradas no setup de troca de lotes A troca entre lotes de produção da Novo Nordisk hoje, possui um tempo médio de 39 minutos. Nesse processo ocorre a liberação e limpeza da área, o setup do novo lote, a configuração e transferência de matérias primas para a área de produção, e a alimentação de alguns equipamentos para o início da produção de um novo lote. A atividade de liberação da área hoje é realizada por um operador que desmonta e verifica pontos dos equipamentos com uso de lanterna, garantindo que não há peças indesejáveis para o próximo lote.
O objetivo do desafio é reduzir o tempo desse processo, diminuindo o desgaste de equipamentos com desmontagens desnecessárias e melhorando a produtividade do setor. Além disso, a nova solução deverá considerar as condições ergonômicas dos operadores, facilitando o processo e diminuindo o desgaste dos mesmos durante a troca de lotes.
A prova de conceito será realizada em Montes Claros, na linha de embalagens do Penfill Packaging da Novo Nordisk.
Outro desafio é a melhoria na identificação de erros no processo de revisão da documentação de registro de lote A revisão da documentação de lotes é uma atividade que exige muita atenção e tempo para ser executada. Ela é realizada com recursos humanos em duas etapas de verificação – uma na produção e, em seguida, no controle de qualidade. Essa revisão é imprescindível para garantir que as etapas de produção estejam documentadas corretamente, sendo uma atividade importante antes da liberação do produto para o mercado. Por esta razão, quanto mais ágil for essa revisão, mais rápido são identificados e tratados os desvios no processo. Em seguida, o produto final é liberado para o mercado, assegurando que não falte para os pacientes.
O objetivo do desafio é reduzir o tempo de revisão. Atualmente, a média de tempo de revisão é de duas a três horas para cada lote. Em uma semana, são revisadas, em média, 15 lotes, totalizando um tempo de 45h semanais. Esse trabalho é feito de forma manual, e contempla dados inseridos de forma manual e digital nas documentações de lote. O programa é destinado a startups, spin-offs e empresas de base tecnológica em geral que já possuam, ou estejam em desenvolvimento de soluções para os desafios apresentados. De acordo com a gerente de Inovação e Estratégia na Novo Nordisk, Juliana Cunha, a expectativa é fomentar a mentalidade de cocriação com agentes do ecossistema, aprender com a cultura das startups e com a elaboração das PoCs, além de trazer soluções tecnológicas customizadas para desafios dos nossos processos. “Acreditamos que a inovação aberta é uma grande oportunidade para a inovação corporativa. Ao lançarmos alguns desafios do nosso processo para o mercado, esperamos que o esforço para encontrar uma solução seja dividido e fortalecido pelo conhecimento do ecossistema de inovação”, lembra a gerente.
