Comunidade LGBTQIA+ cobra vagas de trabalho nas indústrias de Montes Claros - Rede Gazeta de Comunicação

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Comunidade LGBTQIA+ cobra vagas de trabalho nas indústrias de Montes Claros

O Movimento Gay dos Geraes (MGG) anunciou que abriu negociações com as industriais sediadas em Montes Claros para permitir que essa população seja inserida no mercado de trabalho, conforme anúncio do presidente José Candido, o Candinho. No sábado (29), foi celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, em Montes Claros, organizado pelo MGG, quando a ONG Amor e Vida, que trabalha com os catadores de ruas e recicláveis, fez a doação de cestas básicas e alimentos, a serem doados às famílias carentes. Também foram distribuídos materiais informativos e explicativos sobre educação sexual para pessoas transexuais assistidas na cidade.

O Dia Solidário fez parte do “Projeto Transformar”, criado durante a pandemia, pelo MGG, e o presidente José Cândido ressalta os motivos que levaram essa mobilização; ele lembra como ações deste tipo são importantes. Pelo 13º ano, o Brasil continuou sendo o país onde mais são assassinados transexuais e travestis, seguido pelo México e os Estados Unidos, de acordo com a ONG Transgender Europe (TGEU, na sigla em inglês).

Segundo um dossiê, produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) em 2021, 140 pessoas trans foram assassinadas no país em 2021, sendo 135 travestis e mulheres transexuais, e 5 homens trans e pessoas transmasculinas.

“Há quase 20 anos o MGG atua no acolhimento à comunidade LGBTQIA+, isso foi mais recorrente durante a pandemia. E hoje decidimos fazer a manhã solidária. Superou nossas expectativas, pois além da gente fazer essas doações para essa população vulnerável, nós também chamamos a atenção da sociedade para a importância do respeito, da dignidade humana. Pois todos nós temos direitos humanos, já que também pagamos impostos. A gente vê a alegria das pessoas quando chegam. A gratidão delas. O mais difícil é saber que o Brasil ainda é campeão de mortes de LGBTQIA+, principalmente travestis e transexuais. Isso é inaceitável”, lembrou Candinho. Quase mil pessoas são atendidas no programa do MGG, que inclui assistência social, jurídica e psicológica. (GA)