O Norte de Minas concluiu a Campanha de Vacinação Antirrábica, iniciada em setembro e atingiu a marca de 234.851 cães e gatos vacinados, superando a meta inicial, que era de 233.922 animais. As secretarias municipais de saúde receberam mais de 246,7 mil doses de vacinas. Ildeni Meireles, referência técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros explica que, apesar da Campanha de Vacinação Antirrábica ter sido concluída, os proprietários de animais que porventura não tenham sido vacinados podem procurar as secretarias de saúde dos municípios onde residem.
Os municípios que tiveram o maior quantitativo de animais vacinados foram: Montes Claros (52.202); Bocaiuva (12.916); Janaúba (12.071); Francisco Sá (10.835); Rio Pardo de Minas (8.630); Porteirinha (8.128); Jaíba (8.048); Espinosa (7.092); Salinas (6.654); Taiobeiras (6.389); Coração de Jesus (5.874) e São João do Paraíso (5.372). A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem. Se caracteriza como uma encefalite progressiva com letalidade de aproximadamente 100%. Trata-se de uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano pela vacinação de cães e gatos, além da existência de medidas eficientes de prevenção, como a imunização humana; a disponibilização de soro antirrábico humano e a realização de bloqueios de foco.
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura. A doença também pode ser transmitida pela arranhadura ou lambedura desses animais. O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. Nos cães e gatos a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre cinco e sete dias após a apresentação dos sintomas.
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos da raiva, que duram em média de dois a dez dias. Nesse período, o paciente apresenta mal-estar geral; pequeno aumento de temperatura; anorexia; cefaleia; náuseas; dor de garganta; entorpecimento; irritabilidade; inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer inchaço, aumento da sensibilidade ao tato ou à dor, frio, calor, formigamento, agulhadas, adormecimento ou pressão no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura e alterações de comportamento. A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes; febre; delírios; espasmos musculares involuntários, generalizados ou convulsões.
A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição ao vírus. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetidos ao protocolo sobrevivem.
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