O senador Carlos Viana (PSD), vice-líder do Governo no Senado Federal, diz que iniciarão este ano, as obras de construção da barragem do rio Jequitaí, na cidade de mesmo nome, no Norte de Minas. Quando terminada a obra vai irrigar 35 mil hectares e a gerar cerca de 35 mil empregos diretos e outros 70 mil postos de trabalho indiretos. Conforme Carlos Viana, serão aplicados R$ 57,8 milhões na retomada das obras do Projeto Jequitaí. A maior parte dos recursos foi alocada no Orçamento da União de 2020. Ele explica que a implantação do Projeto Jequitaí é aguardada há quase 50 anos e a previsão é que venha beneficiar cerca de 350 mil pessoas no Norte de Minas. A barragem vai controlar as cheias e regularizar as vazões do rio Jequitaí, afluente do rio São Francisco.
O senador destacou que o projeto também contribui com o processo de revitalização do Velho Chico. Segundo ele, quando estiver totalmente concluída, a barragem vai liberar para o São Francisco cerca de 35 metros cúbicos de água por segundo (podendo chegar a 36 metros cúbicos por segundo), muito maior do que quantidade de água do São Francisco destinada ao abastecimento de populações do Nordeste, no projeto de transposição da bacia, que é da ordem de 20 metros cúbicos por segundo. “Já que política é a arte de escolher, eu escolhi como prioridade a barragem de Jequitaí, para que se torne uma realidade do Norte de Minas, onde assumi este compromisso. Efetivamente, foi aprovado e entrou no orçamento para 2020”, comemorou o senador.
Através de articulação do senador Carlos Viana, o governo de Minas transferiu a responsabilidade da construção do projeto hidroagrícola de Jequitaí para o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). Ao assumir a gestão do projeto Jequitaí no lugar da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Idene, pela condição administrativa de autarquia, pode acelerar ações, inclusive para licitação e contratação de serviços. O trabalho do Idene está previsto para ser iniciado antes do reinício das obras e permanecerá até depois da conclusão.
O projeto prevê a construção de duas barragens de concreto, sendo a primeira formada por um lago de 9 mil hectares e se estenderá pelos municípios de Jequitaí, Francisco Dumont e Claro dos Poções. A barragem de número 2 será construída a 5 km da jusante da barragem número 1 e formará um lago de 100 hectares, alimentando dois canais para irrigar 35 mil hectares. Em torno dos lagos será implantada uma área de preservação permanente de 2,1 mil hectares. A barragem 1 terá 41 metros de altura e 270 metros de comprimento. Ela será destinada a múltiplos usos como abastecimento de municípios vizinhos, controle de cheias, geração de energia, piscicultura, turismo e lazer. A barragem 2 terá 38 metros de altura e 176 metros de comprimento e sua principal função será abastecer os canais de irrigação e gerar 12,4 MW de energia. Após a construção dessa barragem haverá regularização da vazão do rio Jequitaí em 34 metros cúbicos por segundo, contribuindo com a vazão do rio São Francisco.
Serão beneficiadas com a obra de construção da barragem de Jequitaí as cidades norte-mineiras de Montes Claros, Lagoa dos Patos, Várzea da Palma, Engenheiro Navarro, Claro Dos Poções, Pirapora, Bocaiuva, Joaquim Felício, Buenópolis, Lassance, São João da Lagoa, Coração de Jesus, Olhos-d’ Água, Francisco Dumont, Jequitaí e Pirapora. Carlos Viana defende a necessidade da continuação das obras de revitalização do São Francisco que segundo suas palavras, “ao longo de décadas foi extremamente atacado’ por ações antrópicas, como o desmatamento das margens, derrubada de matas ciliares e assoreamento”, disse. (GIOVANNI RIBEIRO – Colaborador)
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