GIRLENO ALENCAR
Uma forte chuva foi registrada na noite de domingo (10), em Montes Claros, para alivia dos moradores, que não estavam suportando o forte calor dos últimos dias, quando a temperatura passou dos 40 graus. O engenheiro Vitor Veloso, do site Clima em Foco. Explica que em um dos locais que mantem pluviômetro na cidade, entre domingo e às 7 horas de ontem (11), choveu 50 milímetros. Ele lembra que existem diversos locais onde tais leituras são feitas, inclusive automaticamente e com isso, os indicadores oscilam muito.
Os estudos realizados por especialistas, no dia 15 de setembro, mostraram que o Norte de Minas terá boas chuvas. Em novembro e dezembro a expectativa é de chuvas acima das médias históricas. Conforme as previsões, as chuvas sobre o Norte de Minas como um todo, para essa próxima estação chuvosa (outubro/21 a março/22) poderão alcançar em torno de 1.100 milímetros, conforme estimativa do professor Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas, que nos últimos anos suas previsões se tornaram em referência para a região. Ele ministrou palestras em Montalvânia e Montes Claros. Desde 2016, Molion tem vindo à região ministrar suas palestras, mas por causa da pandemia, nos dois últimos anos tais eventos foram remotos.
Na sua explanação ele mostrou que as chuvas poderão começar ainda em setembro, em parte do Norte de Minas, mas se tornarão mais significativas a partir de 20 de outubro. Para os meses de novembro e dezembro de 2021 as chuvas deverão permanecer acima das médias para cada um desses meses, em torno de 10% a 15% acima dessas médias. Para o primeiro trimestre de 2022 (janeiro a março) as chuvas para o Norte de Minas prosseguirão, embora podendo haver pequenas reduções em relação às médias de cada um desses meses. Em janeiro e fevereiro por conta da possibilidade de um veranico, já bem conhecido na região, mas que deverá ser de pequena a média relevância em 2022; e em março/22 porque as simulações atuais têm mostrado chuvas abaixo da média para o mês especificado.
Apesar das previsões atuais sinalizarem chuvas acima das médias, essas chuvas poderão ser concentradas em um menor número de dias de chuvas, ou seja, maiores volumes de chuvas concentrados em menos dias chuvosos, sugerindo a necessidade de armazenamento dessas chuvas em estruturas próprias para isso, como por exemplo, em barragens, como defende Molion. Ele confessou sua preocupação com relação às próximas estações chuvosa: 2022/23, 2023/24, 2024/25 e as seguintes, pois, segundo o professor já existe uma previsão (tendência) de reduções da ordem de 10 a 15% nas chuvas dessas próximas estações chuvosas.
