GIRLENO ALENCAR
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) encaminhou na manhã de ontem (27) ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão as demandas do Norte de Minas, em documento que será entregue hoje, através do grão-mestre geral do Brasil, Mucio Bonifácio. As demandas foram levantadas durante o 22º Irmanar, realizado no sábado, em Montes Claros, na sede da Amams, organizada pelo Grande Oriente do Brasil, uma das instituições da Maçonaria.
O presidente da Amams, José Nilson Bispo de Sá, prefeito de Padre Carvalho, salienta que “nessa missão, a Amams tem contado sempre com a participação da Maçonaria, especialmente em parceria com o Conselho de Veneráveis do Norte de Minas (Convenorte) e o Conselho Maçônico de Segurança Pública. A postura da Amams muito se assemelha às ações da Maçonaria, pois com seu trabalho, participa de inúmeras atividades, ações e decisões de nossa região e mesmo sendo protagonista em diversas delas, prestigia a discrição.
O presidente cita que Montes Claros é a cidade com o segundo maior entroncamento rodoviário do Brasil e onde estão instaladas importantes fábricas, como a unidade produtiva da Novo Nordisk, que é a maior fábrica de insulina da América Latina; a Hipolabor que produz e comercializa diversos tipos de medicamentos, sendo o maior fabricante de genéricos injetáveis do Brasil, além de unidades da Nestle, Nescafé Dolce Gusto, Coteminas, dentre outras importantes fábricas e empresas distintas. Os municípios filiados a Amams alimentam grande parte das famílias brasileiras, inclusive produzindo as melhores frutas do país, por meio do Projeto Jaíba, além das peculiaridades comerciais e sociais. A região está localizada no semiárido brasileiro e o sol que tanto nos castigou, hoje é motivo de renda e reconstrução, pois nos permite gerar energia fotovoltaica capaz de abastecer considerável parte do território nacional.
Contudo, o Norte de Minas, a exemplo do que ocorre em vários pontos do Brasil, sofre os impactos do desequilíbrio Ambiental. Estamos em chamas com vários hectares destruídos em nossa região, como visto por muitos em vídeos e imagens recentemente vinculados nas redes sociais. Por essa razão, a Amams toma a iniciativa de cobrar do Governo a implantação de projeto de convivência com a seca, razão pela qual, pretende apresentar ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, em sua vinda programada à cidade e sede da Amams no próximo dia 18 de outubro, projeto que contempla a região da Sudene com a construção de Um Milhão de Barraginhas, ao longo dos próximos 10 anos. O objetivo das Barraginhas é captar a água das enxurradas e permitir sua rápida infiltração, entre uma chuva e outra, para reabastecer o lençol freático, preservar o solo e aumentar a sustentabilidade hídrica.
A elevação do lençol freático aumenta a disponibilidade de água nas cisternas, propicia o umedecimento das baixadas e até o surgimento de minadouros. Isso ajuda a amenizar os efeitos das estiagens e viabiliza a sustentação de lagos, além do cultivo de hortas, lavouras e pomares, gerando um clima de motivação entre os agricultores, e proporcionando mais trabalho e renda. Não é a primeira vez que a Maçonaria do Norte de Minas abraça essa causa. No dia 20 de novembro de 2017, em pleno feriado, os obreiros da cidade e região lotaram esse mesmo auditório para cobrar medidas para solução da crise hídrica em nossa região, onde muitas foram atendidas pelos Governos Federal e Estadual, porém, paliativas para a grandiosidade do problema.
Há, ainda, a expectativa de que no dia 18 de outubro seja autorizado pelo Governo Federal a destinação de R$ 200 milhões para a construção da Barragem de Jequitaí, esperada há 50 anos por moradores do Norte de Minas. “Justamente e em razão dessas duas possibilidades que pedimos ao general Hamilton Mourão e junto aos demais irmãos que integram os órgãos competentes dos Federal e Estadual, a fim de que possam abraçar essas duas causas: construção das um milhão de barraginhas nas cidades da região da Sudene e Liberação de R$ 200 milhões para conclusão da Barragem de Jequitaí. Acreditamos que essas duas demandas muito beneficiará os municípios da região da Sudene, garantindo trabalho e renda. Certo da compreensão, parceira e auxílio nas demandas acima destacadas, manifesto meus protestos de mais elevada estima e consideração, colocando-nos à disposição do que se fizer necessário.
