GIRLENO ALENCAR

As principais entidades de classes do Norte de Minas participam hoje (9), do lançamento da Campanha Regional de Valorização Eleitoral para 2022, em evento a ser realizado às 9 horas no auditório da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros. A Articulação é do Conselho de Veneráveis (Convenorte) e do Movimento Maçônico, que em 2018 realizaram uma campanha similar.

O presidente do Convenorte, Geraldo Brasileiro Sales, afirma que o foco é melhorar os resultados alcançados em 2018, que já foram satisfatórios, a partir da constatação de que a região elegeu diretamente dois deputados federais e sete deputados estaduais. Além disso, a votação dos deputados da região aumentou de forma considerável. Observe que a campanha foi iniciada no ano da eleição.

Nas eleições de 2018 para deputado estadual, os candidatos do Norte de Minas a deputado estadual alcançaram o total de 437.206 votos, o que dá 54,58% dos 800.991 votos validos. Porém, isso equivale a 34,45% dos 1.268.937 eleitores do Norte de Minas. No ano de 2014, eles tiveram 408.137 votos. Isso aumentou em 29.069 votos de uma eleição para outra.

Em 2018 o Norte de Minas elegeu dois deputados federais diretos. Foram 297.638 dados aos deputados federais do Norte de Minas naquele ano. No ano de 2014, foram 137.369 votos, o que representa um aumento de mais de 120%, com mais de 160.269 votos se comparado 2014/2018. Os candidatos do Norte de Minas tiveram em 2018, 37.30% dos 797.913 votos validos do Norte de Minas e 23,45% dos 1.268.937 eleitores.

O coordenador explica que a Campanha de Valorização Eleitoral do Norte de Minas para as eleições de 2022 está sendo lançada agora, visando potencializar a região. Existem dois cenários preocupantes: a classe política é contra essa iniciativa, pois prejudica os seus interesses. Quase todos os deputados estaduais puxam “paraquedistas” para deputado federal, visando “patrocinar” as suas campanhas, assim como vários prefeitos foram eleitos com apoio dos “paraquedistas” e se sentem na obrigação de retribuir esse apoio. Na sociedade civil organizada, as entidades de classes esbarram também na desarticulação registrada em 2020 na sucessão de Montes Claros e com isso, precisam se reestruturar. Nesse contexto, surge o papel da Maçonaria, que conta com 83 lojas em 40 municípios do Norte de Minas e pode puxar esse movimento. Nesse ano, a proposta é que depois de realizado o diagnóstico microrregional e depois macrorregional, faça reuniões nas nove microrregiões do Norte de Minas, para discutir o assunto.  A proposta é de inicialmente a nível de Maçonaria propor que cada microrregião tenha pelo menos um candidato a deputado estadual.