Entre Acrônimos e Elucubrações (Parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação

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Entre Acrônimos e Elucubrações (Parte 2)

GUSTAVO MIOTTI

Empresário e Cientista Econômico, pesquisa atitudes relativas à globalização em seu doutorado no Rollins College

E, apesar do mundo das redes sociais ter proliferado essas novas formas de se comunicar, com poucos esforços como emojis e outros atalhos, essa moda de abreviar a comunicação é bastante antiga. Um dos acrônimos mais antigos, o OK, surgiu como uma brincadeira num jornal de Boston em 1838, que com sarcasmo desafiava os leitores a desvendarem os mistérios das abreviações publicadas. Uma das mais usadas no inglês e até mesmo em outras línguas é o OK (oll correct), com um intencional erro ortográfico que significa tudo certo (all correct).

Na política, várias formas de acrônimos são derivadas da versão reduzida de “os Estados Unidos”, conhecido como OTUS (Of The United States). Então, o presidente virou POTUS, a primeira-dama (First-lady) FLOTUS e a Corte Suprema (Supreme Court) SCOTUS.

Logo que vim morar aqui me chamou a atenção esta forma de abreviar os nomes de amigos e colegas dos meus filhos, que normalmente têm uma versão bem mais curta do nome, normalmente três ou quatro letras. E nome composto é uma coisa que nunca vi por essas terras. Notei que meu nome era um tanto extenso para os padrões americanos, já que às vezes ao falar parecia que tinha narrado uma redação por extenso. Então, resolvi fazer um experimento: na academia, me rebatizei de Gus e nunca vi tanta gente me cumprimentar e me chamar pelo meu novo nome!

Uso como final evidência da minha tese a reflexão de um dos maiores empreendedores dos EUA, Bill Gates. Durante o seu tempo no comando da Microsoft, fazia questão de dar um trabalho difícil para um preguiçoso, pois este encontrava uma forma mais fácil de resolver. Uma outra forma de ver a minha teoria é a busca constante por eficiência nestas terras, para atingir o máximo de produtividade com o mínimo de esforço perdido. A preguiça, aqui, é condição necessária para se conquistar o sonho americano. Se a necessidade é a mãe das invenções, acredito que a preguiça seja o pai.

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