Para onde a gravidez te leva no mundo corporativo? (parte 1) - Rede Gazeta de Comunicação
Para onde a gravidez te leva no mundo corporativo? (parte 1)

BÁRBARA NOGUEIRA

Graduada em Psicologia e pós-graduada em Negócios e em Formação de Conselheira de Administração

Um tema que tem ganhado muita importância dentro das organizações é a diversidade, o que inclui o papel da mulher em uma sociedade que tem passado por intensas disrupções e questionamentos de padrões estereotipados. Também é fato que ela tem conquistado cada vez mais espaço e relevância no ambiente corporativo. Apesar desse cenário, ainda existe uma busca por mais representatividade e equidade de oportunidades, além de outro desafio, nem sempre tão abordado claramente: as dúvidas e barreiras que envolvem a produtividade durante a gestação. Em pleno ano de 2021, é lastimável que muitas profissionais se deparem com algumas empresas e lideranças que mantêm práticas ortodoxas no que tange ao trabalho e à gravidez, que, por si só, é um processo natural da evolução humana.

Atualmente, a grande maioria das mulheres trabalha ou tem seu próprio negócio e concilia, perfeitamente, esse período – e, posteriormente, a maternidade – com a carreira. Ao longo dos anos, é perceptível que têm conseguido equilibrar muito bem as suas demandas, tanto na empresa, quanto na vida pessoal, especialmente em uma época em que se destaca a discussão sobre equilíbrio, felicidade no trabalho, propósito e legado. O mais comum é que continuem ativas até as vésperas do parto, pois ainda há um lado muito positivo para a saúde mental em manter a rotina nessa fase. E, afinal, gravidez não deve ser tratada como empecilho ou algo limitante para as entregas no âmbito corporativo.

Sendo assim, cabe às organizações entenderem que a gestação é um estado da mulher, no qual ela se encontra plenamente capaz de manter sua performance, da mesma maneira que em qualquer outra etapa da vida. Também é fundamental que tenham uma cultura bem desenvolvida nesse sentido. Isso significa garantir a avaliação da profissional por suas competências e habilidades, bem como respeitar seus direitos e apoiá-las, de modo a continuarem desempenhando todas as suas potencialidades e contribuindo para o crescimento da empresa. Aliás, aquelas companhias mais estratégicas já possuem programas eficientes de suporte às demandas específicas e esporádicas dessas colaboradoras, por entenderem que isso proporciona valor agregado à sua estratégia, além de que, se apropriar desse tema está em total conexão com a governança corporativa, favorecendo a perenidade do negócio.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

%d blogueiros gostam disto: