O que o surf me ensinou sobre um ambiente de trabalho de uma fintech (parte 1) - Rede Gazeta de Comunicação

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O que o surf me ensinou sobre um ambiente de trabalho de uma fintech (parte 1)

FERNANDA INOMATA

Líder de Assuntos Institucionais do Pravaler, plataforma de soluções financeiras para educação

Já faz mais de um ano que o mundo todo virou de cabeça para baixo em função da pandemia do novo coronavírus. Estamos isolados, preocupados, desestabilizados, estressados – e qualquer atividade que nos tire dessa espiral de sentimentos ruins é muito bem-vinda.

Recentemente, eu descobri uma dessas atividades.

O mar sempre foi o lugar onde eu me sentia revigorada. Como se as ondas, de alguma maneira, lavassem de mim todas as coisas ruins e abrissem espaço para coisas boas. Nunca foi água com açúcar que me acalmou; sempre foi água com sal.

E em meio a essa loucura da pandemia, eu senti a necessidade de estar mais perto do mar. Então, por que não aprender um esporte que eu pudesse praticar no mar?

Foi assim que o surf entrou na minha vida, há mais ou menos 5 meses. Mais do que um simples hobby, o surf tem sido uma escola para mim. Quem não surfa provavelmente não sabe, mas há toda uma etiqueta no esporte, umas regras que tornam a convivência com outros surfistas mais do que pacífica: amistosa.

Eu, como profissional de RH, logo comecei a pensar sobre como essas regras conversam com o ambiente de trabalho de uma fintech e hoje quero compartilhar as minhas reflexões com vocês.

1. Soft skills importam

 Eu não sou nenhuma expert em surf. Muito pelo contrário: em matéria de pegar onda, ainda estou engatinhando. Mas nem por isso sinto que o surf não seja pra mim. Mais do que competir, as pessoas estão ali no mar para se conectar – seja com você mesmo, a natureza ou umas com as outras. Surfistas mais experientes ajudam os menos, que por sua vez se colocam em uma posição de humildade para observar e aprender com quem sabe.

De certa maneira, isso conversa bastante com a lógica que guia as contratações em uma fintech.

É claro que nos preocupamos com as habilidades técnicas dos candidatos. Todo programador precisa saber programar, todo vendedor precisa saber vender. Acontece que, numa fintech, isso não é tudo. Nas grandes corporações, profissionais tecnicamente muito capazes, mas dificílimos de lidar, são mais comuns do que a gente imagina.

Já nas fintechs, as tais “soft skills” – tais como relacionamento interpessoal, colaboração, espírito de equipe, criatividade e flexibilidade – são inegociáveis.