A Sociedade Rural de Montes Claros completa 79 anos, nesta quarta-feira (21). Fundada em 1944, a então Sociedade Agropecuária de Montes Claros nasceu objetivando impulsionar a agropecuária, organizar forças políticas e econômicas, buscar investimentos na estrutura local e escrever páginas importantes na história de Minas.
Na sua trajetória, destacam-se relevantes feitos pelo Norte de Minas, sempre trabalhando além de seus limites. No dia 20 de fevereiro de 1951, o nome foi alterado para Associação Rural de Montes Claros e, em 28 de julho de 1975, passou-se a Sociedade Rural de Montes Claros.
A entidade defendeu a interligação do Norte de Minas ao sistema energético de Três Marias, a Instalação de agências de bancos federais, do Escritório Regional da Emater, a vinda da Sudene, do DNOCS, da Codevasf, Cooperativas, e em tantas iniciativas que trouxeram estradas, escolas, telefonia, faculdades, hospitais.
Construiu o Parque de Exposições João Alencar Athayde, maior complexo de eventos do Norte de Minas, a casa do produtor rural na cidade, onde se pro-move as Exposições Agropecuária de Montes Claros, a Expomontes, que hoje configura num dos maiores eventos da categoria nacionais.
“A Sociedade Rural participa de todos os assuntos que tenham como foco o desenvolvimento regional e que direta ou indiretamente contribui para o incre-mento e o fortalecimento do setor agropecuário. É palco da vitrine da qualida-de, do melhoramento genético, das reivindicações e conquistas para o homem do campo”, declarou José Henrique Veloso, Presidente da instituição.
Para o Jornalista Benedito Said, nesta trajetória vitoriosa para o desenvolvi-mento regional, o agronegócio faz história, gera emprego e renda, alimenta a vida, força social e econômica.
Para Kelly Silva, Secretária-Executiva há 31 anos da entidade, nesse período viveu de perto muitos desafios, conquistas, progressos e realizações
“É tanta história, tantos momentos bons, inúmeras amizades e pessoas maravi-lhosas que conhecemos e convivemos, as tristes despedidas de muitas pesso-as queridas que passaram pela entidade e deixaram boas e eternas lembran-ças para todos”, destacou Kelly.
Ainda de acordo com Kelly, “uma entidade com 79 anos desde sua constitui-ção, que não remunera seus dirigentes, com regular eleição de seus gestores, e que se mantém ativa nas pautas de interesse do homem do campo, progre-dindo a cada ano, atualizando-se com as novas tecnologias e costumes, ino-vando e desenvolvendo em alto padrão de qualidade considerável um dos eventos agropecuários de grande importância nacional”, afirmou.
A Sociedade Rural evidencia como uma entidade que mescla, naturalmente e sem nenhum direcionamento ou imposição individualizada de qualquer pessoa, as ações de defesa contínua de pautas do homem do campo, influenciando nos debates nacionais sobre crédito rural, questões ambientais e outros temas afetos ao agronegócio, também com as suas ações em causas de interesse coletivo de Montes Claros e da região Norte de Minas. Revela pela permanente participação e colaboração em projetos de outras entidades sindicais, educacionais, órgãos públicos e entidades beneficentes de assistência social.
A Sociedade Rural organiza e executa projetos de doações a pessoas caren-tes, é parceira em projetos de relevância local e regional afetos a diversos ou-tros segmentos econômicos representados pela FIEMG, ACI, CDL, etc.
A própria Exposição Agropecuária de Montes Claros, que é realizada desde 1957 pela Sociedade Rural, é um evento de grande importância econômica, opção de lazer e entretenimento esperado e festejado por toda a comunidade de Montes Claros e Norte de Minas.
“As edições da EXPOMONTES são sempre inovadoras, ano a ano superando-se quanto à organização e qualidade dos eventos e da festa como um todo. Resumindo, a Sociedade Rural é uma quase octagenária de sucesso, sempre ativa em causas importantes, estável, atual, inovadora e querida por todos. Muitas e muitas pessoas deixaram sua marca, sua atuação fundamental para a Sociedade Rural ser essa história de sucesso. A lista é extensa. Mas, sobre essas pessoas, penso que exaltar os valores, a caminhada, o progresso e o sucesso da Sociedade Rural é, ao mesmo tempo, sobrelevar a importância e o empenho de todos, digo, todos (presidentes, os integrantes de diretoria, asso-ciados, o corpo de funcionários e prestadores de serviço, associados, patroci-nadores, órgãos e instituições públicas, empresas e entidades parceiras, e os mais variados colaboradores) que direta e indiretamente estiveram vinculados aos quadros sociais e eventos da Sociedade Rural”, falou Kelly.
O diretor de agroindústrias, Rômulo Marques, destacou pontos importantes da instituição, especialmente quando presidiu a Rural.
“O nosso maior objetivo era desenvolver o marketing do produtor rural e de-senvolvimento tecnológico da associação, fato que aconteceu durante o meu mandato como Presidente e vem acontecendo até hoje. Eu continuo concor-dando que estamos desenvolvendo esse papel e, por isso, realizamos eventos como a Expomontes para mostrar o trabalho do produtor rural da nossa região. Realizamos shows para atrair o público que confere os animais expostos e produtos que o produtor gera para a sociedade, tanto o pequeno, médio e grande produtor, além de desenvolver esse marketing que estamos propondo, e ainda mostrar a tecnologia. Assim temos um ambiente propicio para trocar experiências através de contatos pessoais nos estandes e por meio das pales-tras”, discorreu Rômulo.
Ele destacou que a Sociedade Rural vem cumprindo o seu papel.
“Iniciei os meus trabalhos na década de 1970, e um dos pontos importantes a se destacar foram os primeiros leilões realizados por nós, na gestão de Daul Dias, 1978-1980, pois antes desse período não realizávamos essa modalidade de venda de animais. À época, o coordenador de bovinos do Estado de Minas Gerais nos convidou para assistir a um leilão, em Guarapuava (PR). A partir daí que começamos a promover os leilões em Montes Claros. Convidamos o leiloeiro e, em 1980, com apoio da Emater, IMA, e depois falei com o Torquato que essa era a oportunidade de se criar uma leiloeira, o que ocorreu com a Ruralpel. Aí a tecnologia pegou e passou a ser e hoje são o ‘carro forte’ da Expomontes”, esclareceu.
Na gestão de Rômulo, a Expomontes era realizada a cada dois anos. Neste intervalo criou-se um evento chamado Mostra de Cavalo.
“Em uma dessas mostras, por iniciativa minha e da diretoria, implantamos a Mostra Tecnológica, trazendo todas empresas de base tecnológica para estan-des, contando com o apoio do Sindicato Rural, Embrapa, Epamig, startups. Foi então que discutimos o que eles poderiam contribuir para a região em termos de novas tecnologias, daí nós fizemos uma reunião no Clube Social para ver-mos como prosseguirmos e foi sugerido na época, a criação de uma Fundação Técnico Cientifico do Agropecuário do Norte Minas”, destacou Rômulo.
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