13 DE MAIO - DIA DA ABOLIÇÃO ESCRAVATURA: Confira a história e os eventos para essa data - Rede Gazeta de Comunicação

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13 DE MAIO – DIA DA ABOLIÇÃO ESCRAVATURA: Confira a história e os eventos para essa data

No Brasil, o da Dia da Abolição Escravatura é celebrado em 13 de maio. Foi nesse dia, em 1888, que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo oficialmente a escravidão no país. Este dia é importante para refletir sobre a história do Brasil e os impactos da escravidão na sociedade brasileira, que refletem até os dias atuais.

A partir dessa lei, calcula-se que mais de 700 mil escravos tenham recebido sua liberdade. Essa conquista surge como consequência da batalha travada pelo movimento abolicionista, pela sociedade civil e pelos próprios escravizados ao longo dos anos 1870 e 1880.

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) organiza um evento referente a essa data, nomeado “Escravização, resistência e abolição” que tem como intuito levar informação e conhecimento acerca do assunto para os ouvintes.

O evento acontecerá no dia 15 e 16 de Maio no auditório do Centro de Ciências Humanas (CCH), prédio 2 da Universidade. No dia 15/05 às 19h30min, haverá a fala da Pró-reitoria de ensino com Ivana Ferrante Rebello. Logo após, às 19h45min está programado a palestra “A escravidão moderna – Ecos de sua gênese e da abolição no Brasil contemporâneo”, que será ministrada pelo Professor Doutor Josenildo de Jesus Pereira, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e como mediador o Professor Doutor Geraldo da Aparecida Ferreira da Unimontes. No dia 16/05 de 19h30min às 22h haverá o minicurso: “As correntes historiográficas e o ensino/aprendizagem de História da África no Brasil contemporâneo”, ministrado mais uma vez pelo Professor Doutor Josenildo de Jesus Pereira.

Conversamos com um dos palestrantes do evento, o Professor Doutor Josenildo de Jesus Pereira, e o questionamos o que é a chamada “Escravidão Moderna” no qual ele abordará em seu minicurso, e o professor respondeu:

“A Escravidão Moderna foi uma das invenções do capitalismo no Ocidente europeu. Por isso, o conceito foi formulado na perspectiva da desconstrução da leitura racial desta violência e trauma humano porque o “explica” como uma ocorrência definida pela cor do corpo dos sujeitos tornados escravos e, assim, representa o comércio internacional como “tráfico negreiro” e o trabalho como “escravidão negra” sugerindo tratar-se de algo natural e, não, uma decorrência do processo histórico urdido pela modernidade Européia conhecida, numa perspectiva crítica, como o Capitalismo.”

Questionado sobre o objetivo da palestra e qual reflexão abordará com os ouvintes, ele respondeu:” A abolição do trabalho escravo no Brasil e em outros territórios das Américas foi um desdobramento de mudanças formais do capitalismo. Assim sendo, este evento contribui para que se oriente a luta para além da agenda que o discurso racial nos impôs porque se trata de um sistema produtor de desigualdades estruturais encapsuladas pelo racismo. Em vista disso, vale perguntar porque a abolição não significou uma mudança substancial nos aspectos materiais e simbólicos da população negra brasileira?”

A busca por conhecimento acerca deste assunto é essencial, pois ainda na atualidade existem lutas que são reflexo do período de escravatura, não só no Brasil como no mundo, a discriminação racial é uma batalha contínua e o objetivo é garantir a igualdade de oportunidades e tratamento justo para todas as pessoas. (ÉLID NORONHA)