REINALDO DOMINGOS
PhD em Educação Financeira, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Profissionais da Educação Financeira (Abefin)
É importante um novo formato de orçamento, que traga as prioridades da vida em primeiro lugar, ou seja, antes dos gastos, tendo assim os propósitos protegidos antes. Para isso se deve definir em reunião familiar sonhos coletivos e sonhos individuais divididos da seguinte forma: curto prazo (até um ano), médio prazo (de um a dez) e longo prazo (acima de dez anos)
E mais todos os sonhos devem estarem acompanhados de informações fundamentais como: Qual o sonho? Quanto custa? Quanto tempo quer realizá-lo? Quanto vai poupar? E, caso não tenha esse recurso, de onde vai tirar ou ganhar esse dinheiro?
Se não responder essas perguntas os sonhos podem virar um grande pesadelo. Da reunião sobre o tema, tem que participar os filhos, caso tenha, procurem inseri-los, eles possuem sonhos e poderão contribuir com a construção de uma vida financeira sustentável.
Uma atenção especial para os casais onde um ganha mais que o outro, é preciso respeitar e entender essa diferença. Na educação financeira não importa quanto cada pessoa ganha e sim como se gasta e emprega o dinheiro no decorrer da vida.
Para contribuir ainda mais descrevi algumas orientações básicas que poderão ajudar nesse que é a mais importante das uniões o casamento, vamos a elas:
– Faça reuniões frequentes envolvendo todos os membros da família, mesmo que não esteja havendo problemas financeiros;
– Na reunião é muito importante falar e definir os sonhos individuais e coletivos de curto, médio e longo prazos, além das necessidades e reserva financeira;
– O casal deve fazer um diagnóstico financeiro durante trinta dias, se tiver ganhos fixos, ou noventa dias, em caso de ganhos variáveis. As anotações devem ser por tipo de gastos e ganhos. Isso deve ocorrer anualmente ou quando houver uma oscilação drástica nos ganhos ou gastos;
– Saiba ouvir todos os membros da família, acredite eles podem e devem contribuir com ideias;
– Independente do parceiro trabalhar ou não, é imprescindível que ambos tenham contribuições para suas aposentadorias. É muito comum nesses casos que apenas quem tem o ganho faça a previdência, lembre-se ambos possuem suas obrigações e precisam de um futuro seguro;
– Caso tenha filhos, é preciso inclui-los na reunião e provocar neles o desejo de sonhar e mostrar que o dinheiro é um meio e não aceita desaforo;
– É preciso apresentar para todos da família que os excessos de gastos e desperdícios são muito altos, acredite, esses podem chegar a 50% dos gastos;
– Para que a família fique blindada é preciso construir uma reserva financeira, ou reserva estratégica, garantindo sustentabilidade mínima de 12 meses, e que deverá estar disponível a qualquer momento, seja para oportunidades ou necessidades;
– Ainda em caso de filhos, não erre atrelando o dinheiro dado para uma criança a uma obrigação, lembre-se a criança não trabalha, não ganha salário;
– E, para fechar, é preciso que o casal sempre poupe parte do dinheiro ganho, sempre carimbando o dinheiro guardado e aplicado, nunca invista sem antes decidir o objetivo. Dinheiro sem destino é dinheiro perdido.
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